29 de jun 2025

Cresce a participação feminina nas tropas da Ucrânia, com brasileiras em combate
A Ucrânia registra aumento de mulheres nas Forças Armadas e cresce procura de brasileiros para o recrutamento militar.

Mulheres participando de um curso sobre armas de fogo e combate urbano em uma floresta perto da capital da Ucrânia, Kiev (Foto: Brendan Hoffman / The New York Times)
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A guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou em 2014 com a anexação da Crimeia, se intensificou em 2022, resultando em um aumento no recrutamento de soldados, incluindo mulheres e estrangeiros. Desde o início da invasão russa, o número de mulheres nas Forças Armadas ucranianas cresceu 20%, totalizando cerca de 70 mil mulheres em serviço. Além disso, as inscrições de brasileiros para o recrutamento aumentaram 20%.
O Centro de Recrutamento Estrangeiro da Ucrânia destaca que, além do uso de tecnologia avançada, como drones, o país está atraindo um número crescente de mulheres para suas tropas. Oleksiy Bezhevets, comissário de recrutamento do Ministério da Defesa ucraniano, afirmou que muitas mulheres, incluindo brasileiras, estão se juntando ao esforço de guerra em diversas funções, como médicas e atiradoras. A legislação que permite a participação feminina em funções de combate foi aprovada em 2018, refletindo uma mudança cultural no país.
Atualmente, 5,5 mil mulheres atuam em funções de combate, embora o machismo ainda persista. Kateryna, a única mulher piloto de combate do Exército ucraniano, relatou que, apesar das barreiras, as mulheres estão se destacando em áreas como pilotagem de drones. Darya Trebukh, fundadora do grupo Valkiriya, enfatizou que as mulheres podem lutar em pé de igualdade com os homens, mantendo sua feminilidade.
Desde março, houve um aumento significativo nas inscrições de estrangeiros, com 9.620 novos soldados recrutados, incluindo um número crescente de brasileiros. O processo de recrutamento envolve avaliações e entrevistas para garantir a segurança das operações. Os soldados estrangeiros assinam um contrato de três anos, com salários variando entre US$ 3 mil e US$ 5 mil mensais, dependendo do tempo de serviço no front.
Embora a participação de brasileiros na guerra não tenha respaldo oficial do Itamaraty, muitos, como Vinicios Santos do Carmo e Rafael dos Santos Leite, expressam o desejo de permanecer na Ucrânia até o fim do conflito, buscando um futuro sem violência.
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