30 de jun 2025

Instalação de Mark Wallinger no Glastonbury destaca mortes de crianças em Gaza
Glastonbury Festival destaca ativismo político com protestos e arte, refletindo a urgência de questões sociais contemporâneas.

A experiência dos migrantes: o palco Terminal 1 de Glastonbury foi fortemente politizado. (Foto: TERMINAL 1 GLASTONBURY)
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Políticas em Evidência no Glastonbury Festival
O Glastonbury Festival deste ano foi marcado por intensas manifestações políticas. O duo punk Bob Vylan gerou polêmica ao incitar a multidão com o grito de "Morte, morte à IDF", recebendo críticas do Primeiro-Ministro Keir Starmer. Em meio a isso, o cantor Neil Young tentou impedir a transmissão de sua apresentação pela BBC, alegando controle corporativo da emissora.
A banda de rap Kneecap, que já enfrentou reações negativas por exibir mensagens pró-Palestina, se apresentou conforme o programado, apesar das solicitações de remoção por parlamentares. O festival também contou com a instalação artística Jungle Gym, do artista Mark Wallinger, que abordou a crise em Gaza e o sofrimento infantil. Wallinger destacou que a obra reflete a falta de poder das crianças em situações de conflito.
Arte e Ativismo
A instalação de Wallinger foi parte da exposição "No Human is Illegal", que enfatiza a luta dos migrantes. Com uma estrutura labiríntica, a obra utiliza a cor ciano, associada à Unicef, simbolizando esperança em meio ao desespero. O artista comentou sobre a necessidade de abordar a realidade de crianças em situações de guerra e a burocracia enfrentada por migrantes.
A curadora Oriana Garzón ressaltou a urgência da mensagem deste ano, afirmando que a geração atual testemunha um genocídio sendo transmitido ao vivo. Ela enfatizou a importância de criar um espaço seguro para a comunidade migrante no festival, que atraiu um público de 210 mil pessoas.
Críticas e Propostas
O grupo de arte ativista Led by Donkeys também se destacou, instalando um outdoor com a frase "Envie-os para Marte... enquanto festejamos na Terra". A obra critica a visão de que a colonização de Marte deve ser a prioridade da humanidade, alertando sobre a necessidade de cuidar do nosso planeta.
Os organizadores do festival enfrentaram pressões sem precedentes, recebendo uma carta de 30 figuras da indústria musical pedindo a exclusão de Kneecap. A situação reflete a divisão dentro do setor musical e a crescente necessidade de discutir questões sociais em eventos de grande porte como o Glastonbury.
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