Países destacam-se pela alta representação feminina no parlamento mundial

Ruanda se destaca como líder mundial em representação feminina no parlamento, com 63,8% de mulheres na Câmara e 53,9% no Senado, segundo o relatório "Mulheres na Política 2025". O Brasil, em contraste, ocupa a 133ª posição, com apenas 18,1% de mulheres na Câmara dos Deputados.

O relatório, divulgado em março de 2025, revela que a representação feminina global nos parlamentos alcançou 27,2%, um aumento modesto de 0,3 ponto percentual. No entanto, a participação feminina em cargos governamentais caiu para 22,9%, uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior.

Dados Relevantes

No ranking, Cuba ocupa o segundo lugar com 55,7% de mulheres no parlamento, seguida pela Nicarágua com 55%. No Brasil, apenas 93 dos 513 assentos da Câmara são ocupados por mulheres, e no Senado, 16 das 81 cadeiras são femininas, totalizando 19,8%.

O estudo também analisa a liderança feminina em ministérios. A Nicarágua lidera com 64,3% de mulheres à frente de ministérios, enquanto o Brasil está em 53º lugar, com 32,3% de suas pastas chefiadas por mulheres.

Desafios Persistentes

Apesar de algumas conquistas, a representação feminina em posições de liderança política continua a ser limitada. Globalmente, homens ainda ocupam mais de três vezes as posições executivas e legislativas em comparação às mulheres. O relatório destaca que apenas 25 países têm mulheres como chefes de Estado, e 106 países nunca tiveram uma líder mulher.

A Europa se destaca com o maior número de países liderados por mulheres, totalizando 12. No entanto, o progresso na representação feminina parlamentar é o mais lento desde 2017, com a América Latina e o Caribe apresentando a maior proporção de mulheres deputadas, enquanto o Oriente Médio e Norte da África registram a menor, com apenas 16,7%.

O relatório também aponta que a distribuição de ministérios para mulheres reflete preconceitos de gênero, com mulheres frequentemente nomeadas para pastas menos influentes. Apesar disso, houve um leve aumento na presença feminina em áreas como cultura e educação, que são consideradas importantes.