Trump avalia ataque ao Irã como sucesso, mas especialistas alertam para riscos

Apesar das controvérsias sobre os impactos dos bombardeios dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã, uma nova pesquisa indica que o apoio à ação militar aumentou, especialmente entre os eleitores republicanos. O levantamento, realizado pelo Grupo Tyson entre 25 e 26 de junho, revela que 55% dos entrevistados apoiam os ataques quando informados sobre o foco em locais de enriquecimento de urânio.

Entre os republicanos, 72% são favoráveis aos bombardeios, número que sobe para 82% ao saberem que os alvos foram restritos. O apoio entre eleitores independentes também cresce, de 32% para 42%. No entanto, entre os democratas, a concordância é menor, passando de 20% para 33%. Ryan Tyson, diretor do instituto responsável pela pesquisa, destaca que a compreensão da lógica estratégica por trás dos ataques aumenta o apoio.

A pesquisa também revela que 55% dos eleitores acreditam que o programa nuclear iraniano foi "aniquilado" ou sofreu um grande retrocesso. Apenas 25% consideram que as instalações foram pouco afetadas. Além disso, 62% afirmam que os ataques valerão a pena se resultarem na interrupção do enriquecimento de urânio pelo Irã.

Preocupações com Escalada Militar

Embora o apoio aos bombardeios tenha crescido, 75% dos eleitores expressam preocupação com a possibilidade de uma escalada militar. A pesquisa da CBS/YouGov, realizada entre 22 e 24 de junho, mostra que 44% da população aprova o ataque, enquanto 56% desaprovam. Entre os republicanos, 85% aprovam a ação.

O especialista em segurança pública Javed Ali observa que a abordagem militar restrita de Trump permite uma resposta a uma ameaça séria sem expandir o envolvimento militar dos EUA. Ele ressalta que a resposta iraniana foi menos contundente do que o esperado, o que pode ter contribuído para a manutenção da imagem pública do ex-presidente.

Por fim, a pesquisa indica um desgaste crescente da imagem de Israel entre os americanos, com 54% acreditando que o país exerce influência excessiva sobre a política externa dos EUA. A disposição para apoiar militarmente a Ucrânia supera a de Israel, refletindo mudanças nas prioridades do eleitorado americano.