01 de jul 2025
Bono se despede emocionado de funcionários da USAID demitidos por Trump
Cortes na USAID podem levar a mais de 14 milhões de mortes até 2030, alertam especialistas e ex presidentes.

Bono se juntou aos ex-presidentes Barack Obama e George W. Bush na segunda-feira em uma emocionante videoconferência com funcionários da USAID demitidos por Donald Trump. (Foto: Reprodução)
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O USAID, agência de ajuda internacional dos EUA, foi oficialmente encerrada após cortes drásticos durante a administração de Donald Trump. Mais de 80% dos programas da agência foram cancelados, e o restante foi absorvido pelo Departamento de Estado. A decisão gerou críticas de ex-presidentes e especialistas em saúde.
Em um evento emocional, o cantor Bono, junto com os ex-presidentes Barack Obama e George W. Bush, expressou sua preocupação sobre o impacto das reduções. Obama classificou o desmantelamento da USAID como um "erro colossal", ressaltando a importância do trabalho humanitário realizado pela agência ao longo de suas seis décadas de existência.
A USAID, criada em 1961 por John F. Kennedy, atuava como a maior provedora de ajuda do mundo. Os cortes significativos foram formalizados em março e, segundo um estudo da revista Lancet, podem resultar em mais de 14 milhões de mortes até 2030, com um terço das vítimas sendo crianças. Um porta-voz do Departamento de Estado contestou o estudo, afirmando que a ajuda continuaria de forma "mais eficiente".
Críticas e Consequências
Os programas afetados incluem iniciativas para fornecer próteses a soldados feridos na Ucrânia e esforços para conter a Ebola na África. O secretário de Estado Marco Rubio afirmou que os 1.000 programas restantes serão geridos por seu departamento, destacando que a era de "ineficiência sancionada pelo governo" chegou ao fim.
Bono, em sua homenagem à USAID, recitou um poema que abordou a importância da agência em crises globais, como a fome em Sudan, Síria e Gaza. Ele destacou que a ajuda da USAID salvou vidas e promoveu o desenvolvimento econômico em várias nações. Bush também se manifestou, lembrando que o programa de AIDS/HIV, iniciado em sua gestão, salvou 25 milhões de vidas.
A decisão de Trump de cortar os fundos foi justificada como parte de uma política de "América Primeiro", mas gerou um intenso debate sobre as implicações para a assistência humanitária global. A união de figuras políticas de diferentes espectros em defesa da USAID evidencia a relevância do trabalho da agência e os riscos associados ao seu fechamento.


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