02 de jul 2025

EUA suspendem sanções à Síria para fortalecer os Acordos de Abraão
Trump revoga sanções dos EUA contra a Síria, abrindo caminho para a normalização de relações com Israel e a reintegração econômica do país.

Trump e Ahmed al-Sharaa em Riade. (Foto: X/Ahmed al-Sharaa)
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O presidente dos EUA, Donald Trump, revogou as sanções contra a Síria, com o intuito de reintegrar o país à economia global. A decisão, anunciada durante uma visita à Arábia Saudita, visa facilitar relações diplomáticas com Israel após a ascensão de Ahmed al-Sharaa ao poder.
A medida ocorre em um contexto de tentativas de Israel de normalizar relações com a nova liderança síria, com a expectativa de que a Síria se junte aos Acordos de Abraão até o final deste ano. Em maio, Trump já havia suspendido a maior parte das sanções, em resposta a pedidos de aliados como Arábia Saudita e Turquia.
Por meio de uma ordem executiva, o presidente encerrou a "emergência nacional" que vigorava desde 2004, a qual impunha sanções severas ao país. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que a ação busca promover a estabilidade e a paz na Síria. O funcionário do Departamento do Tesouro, Brad Smith, destacou que a revogação das sanções permitirá que a Síria se reintegre ao sistema financeiro internacional.
Reações e Implicações
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Assaad al-Shibani, considerou a decisão dos EUA um "grande ponto de virada", abrindo oportunidades para a reconstrução econômica e o retorno de sírios deslocados. Recentemente, a Síria realizou sua primeira transferência eletrônica via sistema bancário internacional desde o início da guerra civil em 2011.
Entretanto, a Síria ainda figura na lista de Estados patrocinadores do terrorismo dos EUA, o que representa um obstáculo significativo para investimentos estrangeiros. O secretário de Estado, Marco Rubio, indicou que o Departamento de Estado revisará essa classificação, além de outras designações relacionadas a Ahmed al-Sharaa e ao grupo Hayat Tahrir al-Sham.
Mudanças Geopolíticas
Após a queda de Assad, Israel intensificou ataques a instalações militares na Síria. Inicialmente, o governo israelense expressou reservas sobre a nova liderança síria, mas recentemente manifestou interesse em normalizar relações com a Síria e o Líbano. Essa normalização, se concretizada, poderia alterar significativamente a dinâmica geopolítica do Oriente Médio.
A influência do Irã na Síria e no Líbano diminuiu, especialmente após os ataques israelenses em resposta aos atentados do Hamas em 7 de outubro de 2023. O embaixador dos EUA na Turquia, Tom Barrack, afirmou que os recentes ataques de Israel ao Irã abriram uma "janela inédita" para transformações diplomáticas na região, destacando a oportunidade única que se apresenta.
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