Política

Cuba participa do Brics sem resolver dívida com Brasil e enfrenta pressão de Trump

Cuba enfrenta impasse nas negociações da dívida de US$ 1,2 bilhão com o Brasil, enquanto Díaz Canel participa da Cúpula do Brics.

Lula com Miguel Díaz-Canel, no Palácio da Revolução, em Havana, em setembro de 2023 (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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ENVIADO ESPECIAL AO RIO - Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, participará pela primeira vez da Cúpula de Líderes do Brics, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A participação de Cuba ocorre na condição de país parceiro, mesmo com uma dívida pendente de US$ 1,2 bilhão com o Brasil, acumulada desde 2018.

Após a posse de Lula, em 2023, as relações entre Brasil e Cuba foram reestabelecidas. O governo cubano reconheceu a dívida, mas indicou que não possui condições financeiras para quitá-la, resultando em um impasse nas negociações. Até fevereiro, a dívida totalizava US$ 742 milhões, com mais US$ 459 milhões a vencer.

Negociações em Andamento

O governo brasileiro busca estabelecer uma mesa de negociação para discutir a dívida e explorar propostas de pagamento. No entanto, fontes do Itamaraty afirmam que, apesar da disposição cubana em reconhecer os valores, Cuba não tem condições de quitar a dívida. Essa situação é um obstáculo para a retomada de linhas de financiamento a exportações brasileiras para a ilha.

Os governos tentam agendar uma conversa entre Lula e Díaz-Canel durante a cúpula, mas a bilateral ainda não foi confirmada. Cuba enfrenta sérios problemas econômicos, como apagões e crise alimentar, além de um cerco econômico mais rigoroso dos Estados Unidos.

Contexto Histórico

Desde 2018, Cuba e Venezuela deixaram de pagar ao Brasil, conforme informações do BNDES, que gerencia as linhas de crédito. A obra mais emblemática financiada foi o Porto de Mariel. As discussões sobre a dívida cubana avançaram até a fase de conciliação de valores no ano passado, mas a próxima etapa de negociações ainda não começou.

Lula mantém laços próximos com Havana, tendo se reunido com Díaz-Canel em diversas ocasiões e visitado a ilha em 2023. Apesar de um convite para a Cúpula Brasil-Caribe em junho, Díaz-Canel não compareceu, enviando o vice-presidente em seu lugar devido a compromissos internos.

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