Política

Venezuela tenta se juntar ao Brics para evitar calote de US$ 1,7 bilhão com o Brasil

Brasil mantém relações tensas com a Venezuela, enquanto Maduro propõe saldar dívida de US$ 1,7 bilhão com lucros de novos investimentos.

Maduro e Lula se cumprimentam em reunião bilateral na Celac, em março de 2024: relação estremecida e dívida bilionária com o Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Maduro e Lula se cumprimentam em reunião bilateral na Celac, em março de 2024: relação estremecida e dívida bilionária com o Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

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ENVIADO ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO - A Venezuela possui uma dívida de mais de US$ 1,7 bilhão com o Brasil, e as negociações para resolver essa questão estão suspensas. Recentemente, a ditadura venezuelana sugeriu que o Brasil quitasse a dívida com lucros de novos investimentos no país.

A proposta foi feita em meio a um contexto de deterioração nas relações bilaterais, especialmente após as eleições venezuelanas, que foram amplamente consideradas fraudulentas. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva não convidou o ditador Nicolás Maduro para a Cúpula do Brics, que ocorrerá no Rio de Janeiro, reforçando o distanciamento entre os dois países.

Relações Bilaterais em Crise

O Brasil, que preside o Brics até dezembro, optou por convidar países como México, Uruguai e Colômbia, mas não incluiu a Venezuela. Fontes indicam que um convite a Maduro seria visto como uma "humilhação" para o governo brasileiro, dado o histórico de fraudes eleitorais na Venezuela.

A Venezuela, por sua vez, manifestou interesse em participar do Brics e fez sugestões diplomáticas para estreitar laços. Durante um encontro entre a embaixadora brasileira em Caracas e a ministra do Comércio Exterior da Venezuela, foi discutida a possibilidade de um convite para um representante do governo chavista.

Dívida e Investimentos

A dívida de US$ 1,7 bilhão refere-se a operações de financiamento de exportações brasileiras, principalmente em infraestrutura. O governo brasileiro acionou mecanismos para cobrir calotes da Venezuela, que não honrou pagamentos. Apesar disso, a ditadura venezuelana propôs que novos investimentos brasileiros poderiam gerar lucros que ajudariam a abater a dívida existente.

Entretanto, restrições legais do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) dificultam novas operações enquanto houver débitos pendentes. O governo brasileiro, por meio de sua embaixadora, deixou claro que a falta de diálogo e a ausência de propostas concretas por parte da Venezuela são obstáculos para a normalização das relações comerciais.

A situação permanece tensa, com a Venezuela buscando reatar laços, enquanto o Brasil mantém uma postura cautelosa diante das ações do governo de Maduro.

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