04 de jul 2025




ONU registra 613 mortes em ataques a pontos de ajuda humanitária em Gaza
Civis em Gaza enfrentam violência em pontos de ajuda humanitária, com 613 mortes registradas, enquanto a insegurança alimentar atinge 93% da população.

Enlutados rezam durante funeral de palestinos mortos durante em ataques israelenses a tenda de ajuda humanitária, no Hospital Nasser, em Khan Yunis (Foto: Hatem Khaled/4.jul.25/Reuters)
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O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU (OHCHR) anunciou que 613 pessoas morreram em pontos de ajuda humanitária em Gaza desde o final de maio. Destas, 509 mortes ocorreram nas proximidades da Fundação Humanitária de Gaza (FHG), que é apoiada por EUA e Israel.
A FHG iniciou suas operações em 26 de maio, após um bloqueio severo que impediu a entrada de ajuda humanitária. O modelo de distribuição, que ocorre em locais determinados pelo Exército israelense, tem gerado críticas por comprometer a imparcialidade e a segurança das operações. A ONU considera essa abordagem "inerentemente não segura".
Ravina Shamdasani, porta-voz do OHCHR, informou que os dados foram coletados a partir de diversas fontes, incluindo hospitais e autoridades de saúde palestinas. A FHG, por sua vez, nega qualquer incidente em seus locais de distribuição e afirma ter entregado mais de 52 milhões de refeições em cinco semanas.
Críticas e Consequências
A situação se agravou com relatos de que civis palestinos foram mortos por disparos israelenses próximos aos centros de distribuição. A Defesa Civil de Gaza reportou que 40 pessoas morreram em um único dia, incluindo civis que aguardavam ajuda. O Exército israelense admitiu que, em algumas situações, disparos foram feitos contra multidões desarmadas, alegando que isso ocorreu em resposta a "ameaças diretas".
Além disso, ex-contratados da FHG relataram à mídia que houve disparos contra pessoas que buscavam ajuda, mesmo sem que representassem ameaça. A FHG refutou essas alegações, afirmando que não houve alvos civis em suas operações.
A crise humanitária em Gaza continua a se agravar, com 93% da população enfrentando insegurança alimentar aguda. O bloqueio israelense, que foi parcialmente suspenso em maio, ainda impede a atuação da UNRWA, a principal agência de ajuda humanitária na região. A situação permanece crítica, com a população clamando por ajuda e segurança em meio a um cenário de violência e desespero.
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