Presidente Luiz Inácio Lula da Silva posa para foto oficial com demais autoridades dos países que fazem parte do Brics, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Foto: Eduardo Anizelli/6.jul.25/Folhapress)

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Brics critica ataques ao Irã e mantém apoio à Rússia na guerra da Ucrânia - Brics critica ataques ao Irã e mantém apoio à Rússia na guerra da Ucrânia

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A cúpula do Brics, composta por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, divulgou uma declaração final que critica as ações de Israel na Faixa de Gaza, Líbano e Síria. O documento, que será oficialmente apresentado neste domingo (6), também condena os ataques ao Irã, mas evita responsabilizar diretamente os Estados Unidos e Israel.

A declaração classifica os ataques ao Irã como violações do direito internacional, destacando que esses atos, iniciados em 13 de junho de 2025, infringem a Carta das Nações Unidas. Apesar das pressões do Irã por uma linguagem mais contundente, o texto final foi moderado, evitando termos como "deploramos", que são considerados excessivamente agressivos no contexto diplomático.

Tensão no Oriente Médio

O Brics optou por não mencionar os Estados Unidos, que participaram dos ataques a instalações nucleares iranianas, mantendo uma postura diplomática. A declaração reafirma o apoio à adesão da Palestina à ONU e à solução de dois Estados, mas não aborda diretamente a posição do Irã sobre Israel, que se opõe ao reconhecimento do Estado israelense.

As discussões internas revelaram desafios significativos, especialmente após a ampliação do grupo em 2023, que trouxe novos membros do Oriente Médio. Países como Índia e Emirados Árabes Unidos influenciaram a decisão de suavizar a linguagem da declaração, buscando evitar uma imagem polarizada do Brics.

Guerra na Ucrânia Ignorada

A declaração também ignora a guerra na Ucrânia, focando apenas em condenar os ataques ucranianos a civis russos. O texto menciona ataques a infraestruturas civis na Rússia, mas não faz referência às ofensivas russas em território ucraniano. Essa abordagem reflete a intenção do bloco de não criar tensões internas, especialmente com a Rússia sendo um membro influente.

Os negociadores do Brics conseguiram um consenso, apesar das divergências sobre a situação no Oriente Médio e a reforma do Conselho de Segurança da ONU. A cúpula destaca a complexidade das relações entre os países do bloco, que buscam um equilíbrio em um cenário global cada vez mais desafiador.

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