06 de jul 2025

Brics discute IA, reforma da ONU e futuro do multilateralismo em declaração conjunta
BRICS propõe governança global para IA e defende criação de Estado palestino, enquanto condena tarifas unilaterais e luta contra discriminação.

Reunião plenária da Cúpula do Brics no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República)
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A 17ª Reunião de Cúpula dos BRICS, que ocorreu recentemente, resultou em uma declaração que aborda temas cruciais para a governança global. Os líderes do grupo, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfatizaram a necessidade de uma governança global para a Inteligência Artificial (IA) e a reforma do Conselho de Segurança da ONU.
Os países participantes destacaram a importância de um esforço conjunto para regular a IA, considerando seus riscos e promovendo um acesso inclusivo à tecnologia. Além disso, a declaração pede uma maior representação do Sul Global nas instituições internacionais. O Conselho de Segurança da ONU, que conta com a China e a Rússia como membros permanentes, deve incluir mais protagonismo para Brasil e Índia, segundo o documento.
Criação do Estado Palestino
Outro ponto importante abordado foi a criação de um Estado palestino. A entrada do Irã no BRICS gerou tensões nas negociações, uma vez que o país não reconhece Israel. Apesar disso, a declaração conjunta condenou os ataques israelenses ao Irã e pediu a retirada das forças israelenses dos territórios ocupados.
Os BRICS também se manifestaram contra tarifas unilaterais, sem citar diretamente os Estados Unidos. O documento afirma que a proliferação de ações restritivas ao comércio ameaça o comércio global, destacando a necessidade de um sistema tributário internacional mais justo. Os países reafirmaram seu compromisso com a transparência fiscal e a redução da desigualdade.
Compromissos Ambientais e Luta Contra a Discriminação
Os líderes se comprometeram a cumprir as metas do Acordo de Paris, reconhecendo que os combustíveis fósseis ainda são relevantes para as economias em desenvolvimento. Além disso, a declaração ressalta a importância de intensificar a luta contra o racismo, a xenofobia e outras formas de discriminação, citando o aumento de discursos de ódio e desinformação como preocupações alarmantes.
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