03 de jul 2025

O Globo
Fonte
Política

Brics busca implementar agenda concreta para fortalecer cooperação internacional

Cúpula do Brics prioriza saúde e clima, enquanto Brasil busca evitar que tensões geopolíticas afetem discussões essenciais.

3ª Reunião de Sherpas do BRIC (Foto: Rafa Neddermeyer/BRICS Brasil/PR)

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O Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, se prepara para sua cúpula com foco em saúde, clima e inteligência artificial. O Brasil busca fortalecer a agenda de desenvolvimento, evitando que conflitos internacionais interfiram nas discussões.

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, cancelou sua participação após bombardeios americanos, o que destaca a tensão geopolítica que permeia o encontro. A intenção do Brasil é priorizar temas econômicos e sociais, como o combate a doenças negligenciadas que afetam o mundo em desenvolvimento. Um diplomata envolvido nas negociações ressaltou a importância de discutir doenças como tuberculose e malária, que causam centenas de milhares de mortes anualmente.

Foco em Desenvolvimento

Os negociadores estão elaborando declarações específicas sobre saúde, clima e inteligência artificial, além da declaração conjunta dos líderes. O Brasil espera criar uma aliança na saúde, semelhante à Aliança Global contra a Fome do G20. A visão brasileira é clara: menos geopolítica e mais desenvolvimento. Um embaixador brasileiro questionou a crítica da revista The Economist sobre a suposta falta de relevância dos temas abordados.

A preocupação com o clima também é central, especialmente com o Brasil sediando a COP. Apenas 22 países entregaram suas metas de corte de emissões no prazo, o que gera inquietação. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfrenta desafios internos relacionados à política ambiental.

Multilateralismo e Inteligência Artificial

O Brasil defende que o Brics deve ser um instrumento positivo para o multilateralismo, que enfrenta ameaças crescentes. O sistema de comércio internacional, já fragilizado, se torna ainda mais vulnerável com políticas unilaterais. O professor de Relações Internacionais da USP, Feliciano Guimarães, alerta para o momento crítico que o sistema multilateral atravessa.

Além disso, o Brasil busca governança na inteligência artificial, visando promover um uso responsável da tecnologia. A cúpula do Brics, assim como a presidência do G20, será uma oportunidade para abordar problemas reais, evitando que conflitos como os entre Israel e Irã contaminem a agenda.

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