Política

Dalai Lama completa 90 anos e tenta evitar influência da China em sua sucessão

Dalái Lama desafia a China ao afirmar que sua reencarnação será reconhecida apenas pela comunidade tibetana no exílio.

O Dalái Lama, durante uma cerimônia para celebrar seu aniversário, neste sábado na cidade indiana de Dharamshala. (Foto: Anushree Fadnavis/REUTERS)

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O Dalái Lama, líder espiritual do budismo tibetano, completa 90 anos neste domingo e anunciou que sua reencarnação será identificada exclusivamente pela comunidade tibetana no exílio. Essa declaração desafia diretamente a autoridade da China, que busca controlar o processo de sucessão. O Dalái Lama vive exilado na Índia desde 1959 e é considerado por Pequim um "separatista".

Durante um cónclave em Dharamsala, onde reside o governo tibetano no exílio, o Dalái Lama afirmou que a fundação Gaden Phodrang será a autoridade exclusiva para reconhecer sua futura reencarnação. Ele enfatizou que “ninguém mais tem autoridade para interferir” nesse processo, sem mencionar a China diretamente. O evento contou com a presença de mais de 100 monjes e personalidades como Richard Gere.

A resposta de Pequim foi imediata. O governo chinês reiterou que a reencarnação deve seguir os “requisitos de busca dentro do país” e ser aprovada pelo governo central. A China defende um método tradicional de seleção, que inclui um ritual de sorteio em uma urna dourada, utilizado desde a dinastia Qing. Especialistas observam que essa disputa pode escalar para um conflito geopolítico, envolvendo a Índia e os Estados Unidos, que apoiam as reivindicações tibetanas.

O Dalái Lama expressou o desejo de viver mais 30 ou 40 anos e afirmou que suas orações têm resultado. A situação é delicada, pois a China controla rigorosamente a religião tibetana e qualquer menção ao Dalái Lama é um tema sensível. A influência do líder espiritual no Tibete e a aceitação de sua futura reencarnação permanecem incertas, especialmente em um contexto onde a presença do Partido Comunista é forte e onipresente na região.

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