Política

China teme impacto da sucessão do Dalai Lama na identidade tibetana e no exílio

Dalai lama discutirá sua sucessão em encontro com líderes budistas, levantando preocupações sobre o futuro do Tibete e a influência da China.

O líder espiritual tibetano dalai-lama chega para uma cerimônia de oferenda de orações por sua longevidade, no Templo Tibetano Principal em McLeod Ganj, próximo a Dharamsala (Foto: Sanjay Baid/AFP)

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O dalai-lama, líder espiritual tibetano, discursará nesta semana para mais de cem líderes budistas em um encontro significativo, o maior desde 2019. O evento ocorrerá dias antes de seu 90º aniversário, no dia 5 de julho, e é esperado que ele aborde a questão de sua sucessão, um tema que gera preocupação tanto na China quanto na comunidade internacional.

Desde 1959, o dalai-lama vive exilado na Índia e é visto pela China como um separatista. Pequim deseja exercer controle sobre a escolha de seu sucessor, o que levanta temores entre os tibetanos. O título de dalai-lama é atribuído à reencarnação do Buda da Compaixão, com uma linhagem que remonta a 1391. O líder já indicou que sua próxima encarnação pode nascer fora da China, o que intensifica as tensões.

A sucessão do dalai-lama é um tema delicado, especialmente após a prisão do panchen-lama, que deveria identificar sua reencarnação. O religioso já havia declarado que só falaria sobre sua sucessão ao atingir 90 anos, mas a pressão da comunidade tibetana e as tentativas de interferência do governo chinês forçam uma discussão antecipada.

O evento contará com a presença de convidados ilustres, como o ator Richard Gere e o ministro indiano Kiren Rijiju. A sucessão do dalai-lama é vista como crucial para a continuidade da liderança tibetana e a preservação da cultura tibetana em exílio. A comunidade teme que a morte do líder possa criar um vácuo de poder, levando a protestos em massa no Tibete.

A situação é ainda mais complexa devido ao histórico de repressão cultural na região. A escolha de um sucessor sob influência chinesa seria considerada uma afronta à tradição budista. O dalai-lama tem preparado seus seguidores para sua morte e, desde 2011, admite a possibilidade de um líder democraticamente eleito, encerrando uma tradição de 368 anos de liderança espiritual e política.

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