06 de jul 2025




Lula critica gastos militares da Otan e defende multilateralismo na cúpula do Brics
Lula pede reforma do Conselho de Segurança da ONU e critica gastos militares na Cúpula do Brics, enquanto líderes da China e Rússia não comparecem.

Líderes dos países do Brics em foto oficial antes da reunião de cúpula do bloco no Rio de Janeiro (Foto: Pablo PORCIUNCULA / AFP)
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Durante a Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o aumento dos gastos militares globais, especialmente a decisão da Otan de elevar o patamar de despesas com Defesa para 5% do PIB. Lula enfatizou que essa medida contribui para a corrida armamentista e desvia recursos de investimentos sociais e ambientais.
Em seu discurso, o presidente destacou que o mundo enfrenta um número sem precedentes de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. Ele condenou a resposta de muitos países, que priorizam gastos militares em vez de ações para promover a paz. Lula também se referiu às violações da integridade territorial do Irã, mencionando os ataques americanos a instalações nucleares do país.
Críticas ao Conflito em Gaza
Lula abordou a situação em Gaza, reiterando a condenação aos ataques do Hamas contra Israel, mas ressaltou que é inaceitável ignorar o que chamou de genocídio praticado por Israel contra civis palestinos. Ele defendeu a criação de um Estado palestino soberano e a necessidade de um diálogo para resolver o conflito.
O presidente também fez um apelo pela paz na Ucrânia, destacando a importância de um cessar-fogo e do diálogo direto entre as partes envolvidas. Lula argumentou que o Brics deve atuar como um agente de mudança na governança global, promovendo um Conselho de Segurança da ONU mais representativo e eficaz.
Desafios Internos e Externos
A cúpula ocorreu em um contexto de tensões geopolíticas, com a ausência dos líderes da China e da Rússia. Lula criticou a falta de consenso entre os membros do Brics, que enfrentam desafios internos, como a resistência da África do Sul à expansão do Conselho de Segurança da ONU. Ele alertou que a paralisia do órgão compromete sua credibilidade e a estabilidade global.
Além disso, o presidente mencionou a necessidade de um novo paradigma nas relações internacionais, onde o multilateralismo deve ser fortalecido. Lula concluiu que a inclusão de novos membros permanentes da Ásia, África e América Latina é essencial para garantir a sobrevivência da ONU e a resolução das crises que afligem a humanidade.
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