24 de mai 2025

O Globo
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Política

Lula analisa acertos e erros de sua gestão em novo discurso

Lula critica a resposta de Israel em Gaza e propõe resolução na ONU, enquanto sua postura ambígua sobre a Ucrânia gera controvérsias.

Foto:Reprodução

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Lula busca reposicionar Brasil no Sul Global com foco em paz e multilateralismo. Recentemente, o presidente criticou a resposta de Israel em Gaza, chamando-a de desproporcional e violadora do Direito Internacional. Sua postura em relação à Ucrânia, no entanto, tem sido mais ambígua.

Desde o início do conflito em Gaza, Lula se destacou ao afirmar que a reação israelense era desproporcional. Ele denunciou o “massacre de crianças” e usou o termo “genocídio” em um momento em que muitos hesitavam. O Brasil propôs uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para proteger civis, que foi vetada pelos Estados Unidos, evidenciando os padrões duplos do Ocidente.

A diplomacia brasileira, nesse caso, demonstra convicção e autonomia. Lula enfrenta críticas, incluindo a declaração de persona non grata por parte do governo Netanyahu, mas mantém sua posição firme. Sua abordagem reflete valores históricos do Brasil, como o diálogo e o respeito às normas internacionais.

Em contraste, a postura de Lula em relação à guerra na Ucrânia tem gerado controvérsias. Desde 2022, ele evita condenar a Rússia de forma clara, sugerindo que tanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quanto o russo, Vladimir Putin, têm responsabilidades. A neutralidade ativa adotada por Lula, que condena a violação da soberania ucraniana, mas não critica Moscou, levanta questões sobre a eficácia de sua diplomacia.

A recente visita de Lula a Putin durante o desfile do Dia da Vitória reforça essa ambiguidade. Essa posição pode normalizar uma das mais graves violações da Carta da ONU. Embora Lula proponha diálogo e paz, a falta de responsabilização clara por parte da Rússia pode minar a autoridade do Brasil em outras questões internacionais.

A assimetria nas abordagens de Lula é evidente. Em Gaza, ele se posiciona com firmeza, enquanto na Ucrânia opta por um equilíbrio retórico. Essa estratégia pode ser vista como uma tentativa de distanciar-se da geopolítica das grandes potências, mas a coerência é um ativo diplomático que faz falta. O Brasil precisa ser levado a sério em suas propostas de paz, abandonando a ambiguidade quando a violação do Direito Internacional é clara.

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