África do Sul reafirma parceria com Brics após ameaças de tarifas de Trump

JOANESBURGO (Reuters) – A África do Sul reafirmou seu desejo de negociar um acordo comercial com os Estados Unidos, após o presidente Donald Trump acusar o grupo Brics de ser "antiamericano" e ameaçar tarifas de 10% sobre seus membros. O porta-voz do Ministério do Comércio sul-africano, Kaamil Alli, destacou que o país não possui uma postura antiamericana e que as conversas com os EUA continuam sendo construtivas e frutíferas.

Desde maio, a África do Sul busca um entendimento comercial com o governo Trump, após uma reunião entre o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, e Trump na Casa Branca. Alli afirmou que aguardam uma comunicação formal dos EUA sobre o acordo, enfatizando que as negociações estão em andamento.

Reação ao discurso de Trump

A declaração de Trump ocorreu durante uma cúpula do Brics no Brasil, onde líderes do grupo discutiram questões econômicas e políticas. A ameaça de tarifas gerou tensões comerciais e levantou preocupações sobre a dinâmica global. Representantes da China e Rússia também se manifestaram, defendendo o Brics como uma força positiva nas relações internacionais.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, criticou o uso de tarifas como ferramenta de coerção, afirmando que essa abordagem não beneficia ninguém. O Kremlin, por meio de seu porta-voz, Dmitry Peskov, reiterou que o Brics busca cooperar em prol de seus interesses, sem direcionar ações contra outros países.

A África do Sul, enquanto isso, continua a buscar um caminho para fortalecer suas relações comerciais com os EUA, destacando a importância do diálogo e da cooperação mútua.