07 de jul 2025

EUA pretendem retirar HTS da lista de grupos terroristas estrangeiros na Síria
O foco é abrir caminho para a recuperação econômica da Síria sob novo governo.

Foto: Reprodução
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O governo dos Estados Unidos planeja remover o grupo sírio Hayat Tahrir al-Sham (HTS) da lista de organizações terroristas. A decisão, prevista para esta terça-feira, ocorre após a queda do regime de Bashar al-Assad, que durou 54 anos, e a ascensão de Ahmed al-Sharaa como presidente interino da Síria.
O HTS, anteriormente vinculado à al-Qaeda, liderou uma ofensiva em dezembro que resultou na derrubada do regime de Assad. Desde 2016, al-Sharaa rompeu laços com a al-Qaeda, buscando estabelecer um novo governo. A mudança na posição dos EUA reflete um esforço mais amplo de países ocidentais para reestabelecer relações com a Síria, que enfrenta severas sanções.
O secretário de Estado dos EUA destacou que a remoção do HTS da lista de organizações terroristas pode facilitar a recuperação econômica do país. O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shibani, afirmou que essa ação ajudará a "remover obstáculos" para a recuperação e abrirá portas para a comunidade internacional.
Relações Internacionais
Recentemente, o ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para encerrar sanções contra a Síria, com o objetivo de apoiar a "caminhada para a estabilidade e paz". O governo dos EUA monitorará as ações do novo governo sírio, incluindo a normalização de relações com Israel e a abordagem a grupos terroristas.
A visita do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, à Síria, a primeira de um ministro britânico em 14 anos, também sinaliza um novo capítulo nas relações internacionais. Lammy anunciou um pacote de apoio de 94,5 milhões de libras para a recuperação e assistência a refugiados sírios.
Desafios Internos
Apesar das promessas de um novo governo, a Síria ainda enfrenta desafios significativos. A população continua a sofrer com a pobreza, com 90% vivendo abaixo da linha da pobreza. Além disso, a nomeação de apenas uma mulher para o governo e a centralização de decisões por al-Sharaa geram preocupações sobre a governança.
Recentes episódios de violência, incluindo ataques a grupos minoritários e confrontos entre forças de segurança e leais a Assad, evidenciam a fragilidade da nova administração. Em março, centenas de civis da minoria Alauíta foram mortos em confrontos, e em junho, um ataque suicida em uma igreja em Damasco deixou pelo menos 25 mortos.
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