Irã acusa Israel de tentativa de assassinato contra seu presidente

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, acusou Israel de uma tentativa de assassinato contra ele durante uma reunião. A declaração foi feita em uma entrevista ao canal americano "Fox News", divulgada nesta segunda-feira, 7 de outubro. Pezeshkian afirmou que Israel tentou bombardear a área onde ele estava, mas não forneceu detalhes sobre o momento ou a relação com a recente guerra de 12 dias entre os dois países.

Durante o conflito, que ocorreu em junho de 2024, Israel realizou bombardeios que resultaram na morte de cientistas nucleares e altos comandantes militares iranianos. O Irã, por sua vez, adotou medidas de segurança para proteger suas lideranças, incluindo a suspensão do uso de comunicações eletrônicas. Estima-se que mais de 900 pessoas tenham morrido no Irã durante as hostilidades, enquanto os ataques iranianos a cidades israelenses causaram 28 mortes.

Relações com os EUA

Pezeshkian também expressou disposição para retomar as negociações com os Estados Unidos, mas condicionou isso à recuperação da confiança nas intenções americanas. Ele questionou a viabilidade de confiar nos EUA, dada a escalada recente de tensões. O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Majid Takht-Ravanchi, já havia afirmado que as conversas sobre o programa nuclear não seriam retomadas sem que Washington descartasse novos bombardeios.

As relações entre Israel e os EUA também apresentam divergências, especialmente em relação à eliminação de figuras políticas iranianas. Enquanto Israel busca ações mais contundentes, os EUA defendem uma abordagem focada no programa militar iraniano. O presidente americano, Donald Trump, chegou a afirmar que impediu a morte do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, em uma "morte muito feia".

As tensões entre os países permanecem elevadas, com o Irã respondendo aos ataques israelenses com mísseis e bombardeios, enquanto busca uma nova abordagem nas negociações diplomáticas.