Política

Irã gera polêmica no Brics ao rejeitar apoio ao Estado de Israel

Lula critica OTAN e AIEA em cúpula do Brics, enquanto Irã se opõe à proposta de dois Estados para a Palestina, defendendo um Estado único.

Abbas Araghchi durante reunião da cúpula do Brics no Rio de Janeiro. (Foto: Mauro Pimentel/AFP)

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Durante a reunião do Brics, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a OTAN e a AIEA, destacando que a aliança militar ocidental "alimenta a corrida armamentista". Lula argumentou que os gastos militares, que chegam a 5% do PIB, são impulsionados por pressões externas, como as do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

O Irã, representado pelo ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, expressou reservas à proposta de dois Estados para a Palestina, defendendo um Estado único e democrático. Araghchi afirmou que a solução de dois Estados não tem se mostrado eficaz e pediu que os líderes do Brics sejam "realistas" em relação à situação no terreno.

Divergências no Brics

A declaração final do Brics reafirmou a proposta de dois Estados, mas o Irã formalizou sua oposição, enviando uma nota que representa uma divergência significativa. Araghchi destacou que a solução deve incluir todos os habitantes originais da Palestina, incluindo judeus, cristãos e muçulmanos, em um referendo.

O chanceler iraniano comparou a situação da Palestina ao fim do apartheid na África do Sul, sugerindo que um Estado democrático é a única forma de garantir justiça. Ele também agradeceu aos membros do Brics por condenarem os ataques promovidos por Israel e pelos Estados Unidos.

Críticas à OTAN e à AIEA

Lula, em seu discurso, não apenas criticou a OTAN, mas também a instrumentalização da AIEA, enfatizando a necessidade de um novo paradigma para a segurança internacional. O presidente brasileiro defendeu que a paz e a estabilidade na região do Oriente Médio só serão alcançadas com a resolução justa da questão palestina.

A cúpula do Brics, apesar das tensões, conseguiu um consenso em sua declaração final, mas a divergência do Irã sobre a Palestina foi um ponto de destaque. Essa situação evidencia os desafios diplomáticos enfrentados pelo Brasil ao tentar unir as diferentes posições dos membros do grupo.

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