07 de jul 2025


Kremlin afirma que Brics não visa prejudicar países após ameaças de Trump
Kremlin reafirma que Brics busca cooperação e não visa prejudicar outros países após ameaças de tarifas de Donald Trump.

O presidente dos EUA, Donald Trump, posa para uma foto durante uma cúpula da OTAN em Haia, Holanda, em 25 de junho de 2025. (Foto: REUTERS/Yves Herman)
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MOSCOU (Reuters) – O Kremlin afirmou nesta segunda-feira que o grupo Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, não tem como objetivo prejudicar outros países. A declaração veio após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 10% sobre nações que se alinhem com suas “políticas antiamericanas”. As falas de Trump ocorreram durante a cúpula do Brics, que começou no Brasil no domingo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou sobre as declarações de Trump, ressaltando que o Brics é um grupo que busca cooperação baseada em interesses comuns. Peskov enfatizou que essa colaboração nunca foi direcionada contra terceiros países. A cúpula do Brics, segundo ele, é uma oportunidade para os membros discutirem suas prioridades sem se deixar influenciar por pressões externas.
Reação do Brasil
O embaixador Celso Amorim, assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também se manifestou sobre as ameaças de Trump. Ele afirmou que tais declarações reforçam a independência dos países do Brics. Durante a cúpula, os líderes focaram em temas como mudanças climáticas e saúde, evitando menções diretas às tarifas.
Amorim destacou que o Brics está definindo a agenda global, com a presença de líderes de organismos internacionais, como a ONU e a OMS, evidenciando a relevância do grupo. Ele acredita que instituições como o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura podem oferecer alternativas ao FMI e ao Banco Mundial.
Posição da China
A China, por sua vez, reiterou sua oposição ao protecionismo, afirmando que guerras comerciais não trazem vencedores. O governo brasileiro, conforme fontes oficiais, pretende manter um tom conciliador e só abordará o tema das tarifas em coletiva, caso questionado. O porta-voz do Kremlin reforçou a importância da união entre os países do Brics, que compartilham uma visão comum sobre a cooperação internacional.
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