Trump anuncia tarifa adicional de 10% para países alinhados ao Brics

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre países que se alinharem às políticas do BRICS, grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A declaração foi feita em uma postagem na rede social Truth Social no último domingo, 6 de outubro, e não especificou quais países seriam afetados.

A medida ocorre durante a 17ª Cúpula do BRICS, que acontece no Rio de Janeiro entre os dias 6 e 7 de outubro. Os líderes do bloco discutem temas como financiamento em moeda local e desenvolvimento sustentável. Trump afirmou que não haverá exceções para países que adotem o que considera políticas antiamericanas.

Os detalhes sobre as tarifas específicas para cada país serão enviados em cartas a partir de segunda-feira, 7 de outubro. A decisão de Trump reflete um endurecimento nas relações comerciais dos EUA, especialmente em um momento em que o BRICS busca fortalecer sua influência global e promover um comércio mais equilibrado.

Reações do BRICS

Os líderes do BRICS expressaram sérias preocupações sobre as tarifas unilaterais dos EUA, que consideram distorcidas e prejudiciais ao comércio internacional. O bloco, que se reuniu no Rio de Janeiro, criticou as ações protecionistas e reafirmou seu compromisso com a cooperação econômica entre os países emergentes.

A declaração de Trump pode intensificar as tensões comerciais entre os EUA e os membros do BRICS. A situação exige atenção, pois pode impactar não apenas as relações comerciais, mas também a dinâmica geopolítica global. O Brasil, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, busca um entendimento comercial com os EUA antes do prazo final de 9 de julho.

Implicações Econômicas

As tarifas anunciadas por Trump podem afetar as economias dos países do BRICS de maneiras distintas. O Brasil, por exemplo, enfrenta uma taxa de 10%, enquanto a China pode ser penalizada com tarifas superiores a 140%. A pressão sobre os principais parceiros comerciais dos EUA aumenta, com muitos países buscando acordos antes da implementação das tarifas, prevista para 1º de agosto.