Eduardo Bolsonaro propõe anistia ampla em resposta a tarifas de Trump ao Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou apoio à decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. Em uma carta, Eduardo argumentou que essa medida reflete o afastamento do Brasil dos valores do mundo livre e responsabilizou o ministro Alexandre de Moraes pela situação atual.

Eduardo pediu ao Congresso uma anistia ampla para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, sugerindo que as autoridades brasileiras busquem uma solução institucional para restaurar as liberdades. Ele enfatizou que a anistia deve ser seguida por uma nova legislação que proteja a liberdade de expressão, especialmente no ambiente online.

O deputado criticou Moraes, relator do caso que envolve a tentativa de golpe liderada por Jair Bolsonaro, afirmando que a decisão de Trump é uma resposta à escalada autoritária respaldada por um establishment político e empresarial. Ele destacou que a Tarifa-Moraes será um custo adicional para empresas brasileiras que desejam acessar o mercado americano.

Trump, que havia se mantido em silêncio sobre o Brasil nos primeiros meses de seu mandato, voltou a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que o país ataca as eleições livres e os direitos de expressão dos americanos. Em sua carta, Trump pediu a retirada das acusações contra Jair Bolsonaro, descrevendo o julgamento como uma caça às bruxas que deve ser encerrada imediatamente.

A imposição das tarifas provocou uma alta no dólar e uma queda na Bolsa de Valores. A medida foi a mais severa anunciada por Trump até o momento e reflete tensões entre os dois países. Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde fevereiro, intensificou encontros com parlamentares republicanos, buscando apoio contra Moraes e defendendo a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras.