10 de jul 2025
Reino Unido e França firmam acordo sobre imigração, energia nuclear e apoio à Ucrânia
Reino Unido e França firmam acordo inédito para intercâmbio de migrantes, visando controlar travessias pelo Canal da Mancha.

Emmanuel Macron e Keir Starmer (Foto: Ludovic Marin / AFP)
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O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciaram um acordo inédito para o intercâmbio de migrantes, que será implementado nas próximas semanas. O plano permitirá que o Reino Unido devolva alguns requerentes de asilo à França, enquanto aceita outros por meio de rotas controladas.
Durante uma coletiva de imprensa, Starmer destacou que, pela primeira vez, migrantes que chegarem ao Reino Unido em pequenas embarcações serão detidos e devolvidos à França. Em troca, uma nova pessoa poderá entrar no Reino Unido por uma rota legal. O acordo surge em resposta ao aumento significativo de travessias pelo Canal da Mancha, que já contabiliza mais de 21 mil chegadas neste ano, um aumento de 56% em relação ao ano anterior.
Detalhes do Acordo
O projeto piloto prevê a devolução de 2.600 migrantes por ano, representando cerca de 6% do total de travessias. Starmer e Macron enfatizaram a necessidade de um esforço conjunto para desmantelar as quadrilhas de contrabando de pessoas e estabelecer um sistema de dissuasão eficaz. Macron reafirmou seu compromisso com o plano, que visa permitir que aqueles com laços no Reino Unido possam cruzar legalmente.
Além do acordo sobre migrantes, os líderes também assinaram uma declaração conjunta para coordenar respostas a ameaças extremas à Europa. Macron afirmou que essa colaboração é única e não compromete a soberania de cada país em relação a suas capacidades nucleares.
Cooperação em Segurança
O Reino Unido também anunciou que Paris será a nova sede da "coalizão dos dispostos", que apoiará a Ucrânia em caso de cessar-fogo. Os dois líderes mantiveram conversas com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros líderes internacionais para discutir os arranjos táticos e operacionais necessários. O quartel-general da coalizão será transferido para Londres após um ano de operações em Paris.
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