Resgatadores buscam tripulantes desaparecidos após ataque no Mar Vermelho

DUBAI, Emirados Árabes Unidos — O aumento da violência no Mar Vermelho culminou no afundamento do navio Eternity C, operado por uma empresa grega, que resultou em quatro mortes e 15 tripulantes desaparecidos. O ataque foi realizado por militantes houthis, que utilizaram fogo de armas e drones explosivos durante horas. A Missão dos Estados Unidos no Iémen acusou os houthis de sequestrar sobreviventes e pediu a liberação imediata dos tripulantes.

O ataque ao Eternity C ocorreu após uma série de hostilidades, que também incluiu o afundamento do navio Magic Seas. Este último incidente, que aconteceu no domingo anterior, resultou em um aumento significativo nas tensões marítimas na região. As ações dos houthis estão ligadas a uma campanha que o grupo associa ao conflito entre Israel e Hamas.

Resgates e Consequências

A Marinha do Iémen participou das operações de resgate, recuperando seis membros da tripulação, entre eles cinco filipinos e um indiano. A União Europeia informou que o Eternity C tinha a bordo 22 pessoas, incluindo 21 filipinos e um russo, além de uma equipe de segurança. As autoridades filipinas estão em contato com as famílias dos desaparecidos, oferecendo apoio durante a busca.

O ataque ao Eternity C e o subsequente sequestro de tripulantes geraram condenações internacionais. A Câmara Internacional de Navegação pediu medidas de segurança mais rigorosas na região, onde o tráfego marítimo pelo estreito de Bab al-Mandab caiu drasticamente. O aumento da violência também impactou os preços do petróleo, que atingiram os níveis mais altos desde junho de 2023.

Reações e Implicações

Os houthis não confirmaram o sequestro dos sobreviventes e frequentemente demoram a reconhecer suas ações. A situação no Mar Vermelho continua a ser monitorada de perto, especialmente em meio a discussões sobre um possível cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas, que pode influenciar as negociações entre os EUA e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã.