13 de ago 2025
PF desmantela esquema de fraude no INSS com ex-servidores da Caixa envolvidos
Polícia Federal investiga fraudes no INSS e bloqueia R$ 3 milhões em bens de ex funcionários da Caixa Econômica Federal desde 2018

Fachada da agência da Caixa Econômica Federal; PF deflagra operação contra fraudes no INSS envolvendo ex-funcionários do banco (Foto: Rafaela Araújo/Folhapress)
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A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Recupera nesta quarta-feira (13), visando fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) envolvendo ex-funcionários da Caixa Econômica Federal. A ação, que ocorre no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, resultou no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão e no bloqueio de R$ 3 milhões em bens dos acusados.
As investigações indicam que as fraudes começaram em 2018, com a concessão indevida de benefícios assistenciais e previdenciários. Os ex-funcionários utilizavam seus acessos aos sistemas da Caixa para inserir dados falsos, permitindo a emissão de cartões de benefícios para pagamentos indevidos. Mesmo após serem demitidos em 2022, os envolvidos continuaram a operar o esquema, que incluía a realização de prova de vida para pessoas já falecidas.
Ações da Caixa e Consequências
A Caixa Econômica Federal colaborou com a operação e instaurou um procedimento disciplinar contra os ex-servidores, que já tinham histórico de faltas disciplinares. A instituição informou que tem aprimorado seus sistemas de segurança para prevenir fraudes e que monitora transações suspeitas.
Além da Operação Recupera, a PF também investiga um escândalo anterior, a Operação Sem Desconto, que revelou descontos indevidos em benefícios do INSS, totalizando R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Essa operação levou ao afastamento de quatro servidores públicos e à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Impacto e Devolução de Valores
O INSS firmou um acordo com o STF para devolver valores descontados indevidamente a segurados que não reconheceram as associações ou sindicatos responsáveis. Até o momento, mais de R$ 1 bilhão já foi restituído a 1,6 milhão de aposentados e pensionistas. O prazo para adesão ao acordo administrativo vai até novembro, permitindo que mais beneficiários recuperem valores que não deveriam ter sido descontados.
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