31 de jan 2025
Centro de Confinamento do Terrorismo em El Salvador pode abrigar 40 mil detentos
A base militar de Guantánamo pode se tornar a segunda maior prisão do mundo, com 30 mil leitos, caso o plano de Donald Trump se concretize. O Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT) em El Salvador, inaugurado em fevereiro de 2023, é a maior prisão do mundo, com capacidade para 40 mil detentos. ONGs de direitos humanos criticam o CECOT por tortura e prisões arbitrárias, enquanto o governo defende a instalação como combate ao crime organizado. O CECOT possui rigorosos controles de segurança, incluindo três portões e escaneamento corporal para detentos, visando evitar fugas e comunicação com gangues. Apesar da redução histórica na taxa de homicídios em El Salvador, violações de direitos humanos levantam preocupações sobre o tratamento dos prisioneiros.
Detentos no maior centro penitenciário da América, situado em El Salvador (Foto: Marvin RECINOS / AFP)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs a transferência de imigrantes irregulares que cometeram crimes para a base militar de Guantánamo, que poderia se tornar a segunda maior prisão do mundo, com 30 mil leitos. O plano visa criar um espaço que ficaria atrás apenas do Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), em El Salvador, que possui capacidade para 40 mil pessoas e foi inaugurado em fevereiro de 2023. O CECOT é alvo de críticas de ONGs de direitos humanos, que denunciam tortura e prisões arbitrárias.
O CECOT, construído para enfrentar a superlotação do sistema prisional salvadorenho, é parte da estratégia do presidente Nayib Bukele contra as gangues. Bukele afirmou que o país passou de "mais inseguro do mundo para o mais seguro das Américas", destacando que a prisão foi projetada para impedir que criminosos continuem a dar ordens de dentro. A Human Rights Watch (HRW) criticou a instalação, alegando que não cumpre as normas internacionais de direitos humanos, mas o governo defendeu que o local abrigará "terroristas" e garantiu a segurança e disciplina entre os reclusos.
Localizado em Tecoluca, a 74 km de San Salvador, o CECOT possui rigorosos controles de entrada, incluindo scanners corporais e um perímetro cercado por uma parede de 11 metros de altura. O governo investiu em infraestrutura, como poços, cisternas e subestações elétricas, para garantir a autonomia do presídio. Cada bloco de celas, com 32 unidades, foi projetado para abrigar membros de gangues, com instalações básicas de higiene, mas sem áreas de recreação ou espaços conjugais.
Desde a implementação do regime de emergência, El Salvador viu uma queda significativa na taxa de homicídios, mas isso ocorreu em meio a alegações de violações de direitos humanos. Um relatório da HRW indicou que milhares de pessoas foram detidas de forma ampla, comprometendo o devido processo. Bukele respondeu às críticas, afirmando que as organizações e a mídia estão alinhadas com as gangues, defendendo sua abordagem rigorosa no combate ao crime.
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