Homem que colidiu caminhão perto da Casa Branca é condenado a oito anos de prisão

Um homem do Missouri foi condenado a oito anos de prisão por colidir um caminhão de aluguel contra barreiras que protegem a Casa Branca, em um ataque motivado por sua fascinação pela ideologia nazista. Sai Varshith Kandula, então com 19 anos, quase atingiu duas pessoas ao dirigir o caminhão U-Haul na calçada em direção aos bollards de proteção em Lafayette Square, ao norte da Casa Branca, em 22 de maio de 2023. Após o acidente, que não causou feridos, Kandula retirou uma bandeira nazista de uma mochila, demonstrando sua intenção de “atacar e destruir” o governo dos Estados Unidos.

O juiz federal Dabney Friedrich também impôs a Kandula três anos de liberdade supervisionada após o cumprimento da pena e ordenou o pagamento de quase R$ 57 mil em restituição. O advogado de defesa, Scott Rosenblum, alegou que Kandula sofre de esquizofrenia e estava dominado por pensamentos delirantes, incluindo a crença de que “uma raça reptiliana havia instalado um regime fantoche para operar os EUA”. Rosenblum afirmou que Kandula está disposto a receber tratamento e reconhece que sua doença foi a causa de seus atos.

Os promotores recomendaram a pena de oito anos, após Kandula se declarar culpado de um crime de danos à propriedade. Ele permaneceu sob custódia desde sua prisão. Kandula planejou o ataque por semanas, voando de St. Louis para Washington, D.C., poucas horas antes do incidente. Ele alugou o caminhão em Herndon, Virginia, cerca de três horas antes de colidir com as barreiras. Após a colisão, o caminhão começou a soltar fumaça e fluidos, mas as autoridades não encontraram armas ou explosivos em sua posse.

Após a prisão, Kandula afirmou que comprou a bandeira com a suástica porque “os nazistas têm uma grande história” e elogiou Adolf Hitler. Os promotores relataram que, após o ataque, a primeira coisa que ele fez foi desenrolar a bandeira da Alemanha nazista. Dois psicólogos diagnosticaram Kandula com esquizofrenia, e ambos acreditam que sua condição contribuiu diretamente para o crime. A condenação de Kandula pode resultar em sua deportação para a Índia.