18 de jan 2025
Brumadinho inaugura memorial em homenagem às vítimas seis anos após tragédia da barragem
Seis anos após a tragédia, o Instituto Cordilheira inaugura Espaço de Memória. A Vale S.A. reporta R$ 64,5 bilhões em compromissos de reparação. Remoção de 88% da lama da barragem é destacada pela mineradora. Acordo de 2021 prevê R$ 37,68 bilhões em 160 projetos na Bacia de Paraopeba. Vale investe em diversificação econômica com Programa de Turismo em Brumadinho.
Tragédia em Brumadinho completa seis anos na semana que vem (Foto: Douglas Magno)
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No dia 25 de janeiro de 2019, a mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, foi palco de uma tragédia que resultou na morte de 272 pessoas. Naquele dia, enquanto funcionários chegavam para trabalhar, uma barragem com 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos se rompeu, causando a maior tragédia humanitária do Brasil. Seis anos depois, o Instituto Cordilheira inaugura o Espaço de Memória Popular, que ficará aberto até 27 de janeiro, para preservar as histórias dos moradores e garantir que as memórias não sejam esquecidas.
O rompimento da barragem, que ocorreu às 12h28, contaminou mais de 300 quilômetros do Rio Paraopeba, afetando 26 cidades. A investigação revelou que o risco da barragem era conhecido por altos executivos da Vale S.A. e da TÜV SÜD, que certificou a segurança da estrutura. Apesar das denúncias do Ministério Público, não houve condenações criminais até o momento. Os denunciados enfrentam acusações de 270 homicídios qualificados e crimes ambientais.
A Vale assumiu cerca de R$ 64,5 bilhões em compromissos de reparação, dos quais já desembolsou R$ 48,55 bilhões. A diretora de reparação da empresa, Gleuza Jesué, destacou a importância de melhorar a qualidade de vida na região e mencionou que 88% da lama resultante da tragédia já foi removida. A qualidade da água no Rio Paraopeba, segundo a Vale, já estaria "igual ou melhor" do que antes do desastre, embora o uso do rio ainda não tenha sido liberado.
Em relação ao Acordo de Reparação Integral firmado em 2021, a Vale informou que já desembolsou 75% do total acordado. O acordo abrange 373 projetos, com foco em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Para compensar a desativação da Mina do Feijão, a Vale também desenvolve um Programa de Turismo em Brumadinho e planeja um investimento de R$ 170 milhões para atrair indústrias à região.
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