25 de jan 2025

Seis anos após tragédia de Brumadinho, atingidos fazem protesto e pedem novo acordo de reparaçãoMemorial marca os seis anos da tragédia de Brumadinho (MG): 'Somos os vigilantes da história', diz viúva de vítimaApós Brumadinho, MG tem mais de 40 barragens em alertaZema critica impunidade e classifica tragédia de Brumadinho como 'assassinato em massa'
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Política

Protesto marca seis anos da tragédia de Brumadinho e clama por novo acordo de reparação

O Memorial Brumadinho foi inaugurado em homenagem às 272 vítimas da tragédia. Moradores protestaram por reparação, criticando a Vale por ineficiência nas ações. Apenas 1% dos rejeitos foi removido, prolongando a contaminação ambiental. O Programa de Transferência de Renda terá cortes, afetando 153 mil beneficiários. Governador de Minas, Romeu Zema, classificou o episódio como "assassinato em massa".

Protesto em Belo Horizonte cobra melhorias na reparação pela tragédia de Brumadinho, que completou seis anos neste sábado (25). (Foto: Divulgação / Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB))

Protesto em Belo Horizonte cobra melhorias na reparação pela tragédia de Brumadinho, que completou seis anos neste sábado (25). (Foto: Divulgação / Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB))

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Seis anos após o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), moradores e atingidos realizaram um protesto no último sábado (25), exigindo um novo acordo de reparação. O atual, que inclui indenizações e programas socioeconômicos, foi considerado "praticamente inexistente" pelos manifestantes. Na sexta-feira (24), cerca de 800 integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participaram de uma audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde criticaram a Vale por ter removido apenas 1% dos rejeitos da bacia, prolongando a contaminação de rios e solos. A situação continua a afetar comunidades ribeirinhas, que enfrentam crises de saúde e desemprego.

Neste mesmo dia, foi inaugurado o Memorial Brumadinho, um espaço dedicado à memória das 272 vítimas da tragédia, que ocorreu em 25 de janeiro de 2019. O memorial, construído no local do desastre, inclui um bosque com 272 ipês amarelos e uma sala de exposição com fotos e objetos das vítimas. Fabíola Moulin, presidente da Fundação Memorial de Brumadinho, destacou que o espaço é um compromisso ético de reparação simbólica e um alerta para que tragédias semelhantes não se repitam. A cerimônia contou com a presença de familiares das vítimas e autoridades, incluindo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que classificou o episódio como "assassinato em massa".

Além disso, o governador mencionou que, apesar das multas e medidas do Poder Executivo, ainda não houve condenações. A tragédia de Brumadinho resultou em milhares de processos judiciais e um Acordo Judicial de Reparação Integral, que prevê o pagamento de R$ 37,68 bilhões em 160 projetos na Bacia de Paraopeba. Entretanto, os atingidos continuam a reivindicar melhorias nas condições de vida e reparações efetivas, enquanto a Vale e outras empresas envolvidas enfrentam críticas pela lentidão nas ações de reparação.

Em 2024, a situação das barragens em Minas Gerais ainda é preocupante, com 43 estruturas em nível de alerta ou emergência, representando 42% do total no Brasil. As barragens Forquilha III e Serra Azul estão entre as mais críticas. A legislação que proíbe a construção de barragens a montante, como a que se rompeu em Brumadinho, não foi totalmente cumprida, e o processo de descaracterização dessas estruturas ainda está em andamento. O rompimento da barragem de Brumadinho não apenas causou a morte de 272 pessoas, mas também expôs falhas graves no modelo de mineração no Brasil, que ainda carece de reformas significativas.

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