Política

Polícia Federal se opõe à devolução de eletrônicos de Braga Netto e Moraes mantém sigilo da delação

O general Walter Braga Netto está preso desde dezembro de 2023 por obstrução. A Polícia Federal se opõe à devolução de dispositivos eletrônicos de Braga Netto. O STF negou acesso à delação de Mauro Cid, reforçando sigilo nas investigações. Braga Netto é acusado de tentar financiar um plano para assassinar autoridades. Ele é o primeiro general de quatro estrelas preso em um período democrático.

General Walter Souza Braga Netto (Foto: Sergio Lima - 16.fev.18/AFP)

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A Polícia Federal se manifestou contra a devolução dos dispositivos eletrônicos do general Walter Braga Netto, em um documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, 23 de fevereiro de 2024. A corporação argumenta que é necessária a manutenção da custódia dos bens apreendidos, que incluem celular, computador e pendrives, para possíveis confrontos e novas extrações periciais. A defesa de Braga Netto solicitou a devolução, alegando que os conteúdos já foram utilizados na elaboração do relatório final da investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado, que resultou no indiciamento do general.

Braga Netto, que está preso desde 14 de dezembro de 2023, é acusado de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa. Ele teria coordenado uma tentativa de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Em delação, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o general recebeu dinheiro para um plano que visava assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A PF acredita que Braga Netto tentou controlar as informações da delação de Cid, o que justifica sua prisão.

A defesa de Braga Netto tentou acessar o conteúdo da delação de Cid, mas o pedido foi negado por Moraes, que alegou que já há amplo acesso garantido aos documentos do inquérito. O ministro manteve a delação sob sigilo, pois ainda há diligências em andamento. A PF identificou que Braga Netto tentou obstruir as investigações, o que levou à sua prisão preventiva. O general é acusado de ter contribuído significativamente para o planejamento e financiamento do golpe, e sua liberdade poderia comprometer a produção de provas.

O comandante do Exército, Tomás Paiva, ainda não visitou Braga Netto na prisão, mas a cela foi inspecionada por um juiz militar. A visita do comandante está prevista, mas não foi agendada. Braga Netto, por ser um general de quatro estrelas, está em um espaço com melhores condições, incluindo ar-condicionado e banheiro exclusivo. Ele é o primeiro general de quatro estrelas a ser preso em um período democrático, o que gerou discussões sobre a custódia e as instalações adequadas para sua detenção.

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