27 de jan 2025
Desigualdade racial na academia compromete avanço da pesquisa em economia nos EUA
Em 2022, apenas 13% dos pesquisadores nos EUA eram negros e latinos, evidenciando desigualdade racial. Estudo do National Bureau of Economic Research revela viés racial nas citações de artigos econômicos. Trabalhos de autores não brancos recebem até 9% menos citações que os de brancos. Disparidades aumentam em periódicos prestigiados, com negros recebendo até 18% menos citações. A falta de diversidade prejudica a ciência, limitando perspectivas e inovações no conhecimento.
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A desigualdade racial no ambiente acadêmico nos Estados Unidos é evidenciada por um estudo publicado em novembro de 2024, que analisou dados de mais de 330 mil publicações de economistas entre 1950 e 2021. Negros e latinos representavam apenas 13% dos pesquisadores, enquanto brancos eram 72%. A pesquisa, conduzida por acadêmicos canadenses, destaca que a economia é uma das áreas com maior sub-representação étnica, refletindo um viés racial na avaliação e reconhecimento de trabalhos.
Os pesquisadores identificaram que artigos de autores brancos são citados até 9% mais do que os de autores não brancos. Além disso, a média de coautores em publicações com pelo menos um autor não branco é maior, indicando uma tendência de colaboração entre grupos diversos. A disparidade nas citações aumenta conforme o prestígio da publicação, com autores negros recebendo até 18% menos citações em periódicos de maior renome.
A pesquisa também revelou que a citação de autores não brancos está ligada à presença desses autores nos ambientes acadêmicos. A citação tende a aumentar conforme a diversidade racial nas instituições, levantando questões sobre a representatividade e a qualidade do conhecimento produzido. Os pesquisadores argumentam que a falta de diversidade não apenas prejudica os autores não brancos, mas também limita a evolução do conhecimento científico.
Por fim, o estudo sugere que as experiências pessoais influenciam as perspectivas acadêmicas. Enquanto brancos tendem a focar em aspectos econômicos tradicionais, autores não brancos abordam questões como impacto ambiental e segurança alimentar. Essa diferença de enfoques ressalta a importância de uma representação mais equitativa na academia para enriquecer o debate científico.
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