Justiça encerra processo contra ex-co-réus de Trump em investigação de documentos secretos

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira que encerrará a tentativa de processar criminalmente dois homens por supostamente ajudarem o ex-co-réu, o presidente Donald Trump, a ocultar documentos governamentais classificados. Em um documento judicial, o DOJ solicitou a desistência voluntária de um recurso que visava reverter a acusação contra Walt Nauta, valet de Trump, e Carlos De Oliveira, funcionário do clube Mar-a-Lago, na Flórida. Essa decisão segue uma política do departamento que impede a acusação de presidentes em exercício.

A administração de Trump está encerrando o caso contra seus ex-co-réus na investigação sobre documentos classificados, que foi conduzida pelo ex-procurador especial Jack Smith. O DOJ interrompeu a busca por um recurso que visava reverter as acusações criminais contra os funcionários de Trump, que também defendia a autoridade do procurador-geral de nomear promotores especiais. Um juiz federal já havia arquivado o caso contra Nauta e De Oliveira no ano passado.

Fontes indicaram que Trump não planejava conceder perdão a Nauta e De Oliveira, pois isso poderia “conotar culpa”. O pedido do DOJ ainda precisa da aprovação do tribunal de apelações, mas está alinhado com o desejo dos co-réus. Essa movimentação representa um passo importante para desmantelar os casos criminais contra Trump, que foram abandonados após sua eleição.

Em 2023, Smith havia acusado os três homens de suposta má gestão de informações classificadas. O juiz Aileen Cannon, nomeada por Trump, decidiu que a nomeação de Smith violava a Constituição, levando ao arquivamento do caso. Nauta e De Oliveira foram acusados de obstruir a investigação federal, com Nauta supostamente ajudando Trump a esconder documentos e De Oliveira tentando apagar gravações de segurança solicitadas por um mandado. Ambos se declararam inocentes das acusações de obstrução.