03 de fev 2025
PGR promete pautas democráticas em 2025 e deve denunciar Bolsonaro até fevereiro
A Procuradoria Geral da República (PGR) deve denunciar Jair Bolsonaro e 39 aliados. A denúncia se baseia em relatório da Polícia Federal sobre tentativa de golpe. Paulo Gonet, procurador geral, já apresentou 256 denúncias em sua gestão. Caso se concretize, será a maior ação penal da história do STF. Bolsonaro enfrenta risco de perder direitos políticos se condenado por crimes.
Procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão plenária do STF (Foto: Andressa Anholete/STF)
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, anunciou que o Ministério Público atuará com firmeza em 2025, um ano que promete pautas de "sobressaído interesse aos valores democráticos". Durante a abertura dos trabalhos no Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet destacou a importância da defesa da ordem jurídica e do regime democrático, embora não tenha especificado quais pautas serão abordadas. Entre os temas a serem analisados está o relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 39 pessoas por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022.
Desde que assumiu o cargo, Gonet já apresentou 256 denúncias ao STF e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 237 delas ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. As acusações incluem políticos da oposição e aliados do governo, como a deputada Carla Zambelli e o deputado André Janones. O número de denúncias de Gonet é significativamente maior do que as 26 apresentadas por seu antecessor, Augusto Aras, no mesmo período.
A PGR está em fase de análise para apresentar uma denúncia contra Bolsonaro até o final de fevereiro. O relatório da PF, com 884 páginas, alega que Bolsonaro "planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva" em uma tentativa de golpe. Caso a denúncia seja formalizada, será a primeira vez que militares de alta patente serão réus por atentados à democracia no Brasil. A pressão sobre Bolsonaro aumenta, especialmente com a possibilidade de condenações que poderiam inviabilizar sua carreira política.
Além do caso de Bolsonaro, a PGR também investiga o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado por corrupção e lavagem de dinheiro. A expectativa é que Gonet finalize as análises e apresente as denúncias em breve, enquanto o ex-presidente continua a negar qualquer envolvimento em tentativas de ruptura institucional. A situação permanece tensa, com desdobramentos aguardados nas próximas semanas.
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