04 de fev 2025
Morte de tenente da PM expõe riscos das operações nas favelas do Rio de Janeiro
A morte do tenente da PM, Marcos José Oliveira de Amorim, é emblemática, sendo o quinto policial morto em 2024 na Região Metropolitana do Rio. A letalidade policial no Rio caiu 20% em 2024, o menor índice desde 2015, em parte devido a restrições do STF. O julgamento da ADPF das Favelas, previsto para amanhã, pode impactar operações policiais. Críticas à polícia fluminense aumentam, mas a realidade é que policiais também são vítimas da violência. A falta de planejamento nas operações expõe tanto policiais quanto civis a riscos elevados, exigindo novas estratégias de combate ao crime.
O sepultamento do policial morto em comunidade da Zona Norte do Rio (Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Morte de tenente da PM expõe riscos das operações nas favelas do Rio de Janeiro
Ouvir a notícia
Morte de tenente da PM expõe riscos das operações nas favelas do Rio de Janeiro - Morte de tenente da PM expõe riscos das operações nas favelas do Rio de Janeiro
A morte do tenente da PM Marcos José Oliveira de Amorim, de 33 anos, durante uma operação na Zona Norte do Rio, destaca a crescente violência enfrentada pelos policiais. Ele foi o quinto PM a ser morto na Região Metropolitana do Rio em 2025, sendo o segundo em combate a criminosos. Em 2024, ao menos dez policiais perderam a vida em operações, evidenciando o risco diário que esses profissionais enfrentam.
Apesar das críticas à letalidade policial, que tem diminuído — com uma queda de 20% em 2024 em relação a 2023, o menor índice desde 2015 —, a situação ainda é alarmante. As restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) às operações nas favelas contribuíram para essa redução, mas é crucial que os ministros considerem os riscos enfrentados pelos policiais no julgamento da ADPF das Favelas.
A falta de planejamento em operações policiais é um fator que agrava a situação. Um exemplo recente ocorreu em outubro no Complexo de Israel, onde traficantes superaram as forças de segurança, resultando em mortes de civis e evidenciando a falta de informações adequadas. O empresário Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, criticou a abordagem da polícia, afirmando que as operações muitas vezes resultam em mortes de inocentes sem impacto significativo nas organizações criminosas.
Para enfrentar o crime organizado, é necessário um enfoque mais estratégico, utilizando inteligência e tecnologia para atacar as fontes de financiamento das facções. A PM adquiriu 1.342 capacetes e 20 mil coletes para proteção, além de novas viaturas semiblindadas, mas essas medidas são insuficientes. A luta contra o tráfico e as milícias requer uma colaboração efetiva entre o governo federal e os estados, utilizando todos os recursos disponíveis para combater a criminalidade de forma eficaz.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.