Justiça americana decide arquivar caso de corrupção contra o prefeito de Nova York, Eric Adams

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está se movendo para arquivar o caso de corrupção federal contra o prefeito de Nova York, Eric Adams. Um memorando obtido pela CNN, enviado pelo vice-procurador-geral Emil Bove, orienta a procuradora interina do Distrito Sul, Danielle Sassoon, a desistir das acusações "o mais rápido possível", com a condição de uma revisão após as eleições municipais de novembro de 2025. As acusações contra Adams, um democrata, foram apresentadas no ano passado, marcando a primeira vez que um prefeito em exercício da cidade enfrentou tal processo.

Adams expressou gratidão ao Departamento de Justiça, afirmando que nunca violou a lei e que a decisão de arquivar o caso encerra um "saga desnecessária" que afetou sua família e a cidade. Ele descreveu os últimos 15 meses como os mais difíceis de sua vida e reiterou que sua responsabilidade como prefeito sempre esteve acima de interesses pessoais. O memorando do DOJ também menciona que as acusações prejudicaram a capacidade de Adams de focar em questões como imigração ilegal e crime violento, temas prioritários da administração Trump.

O caso, que estava programado para ir a julgamento na primavera, envolvia alegações de que Adams recebeu benefícios de viagem de um oficial turco em troca de favores políticos. Adams, que se registrou como republicano na década de 1990, defendeu-se contra o que considera uma perseguição política, especialmente após criticar a administração Biden sobre a crise de imigração. O DOJ, no entanto, afirmou que a decisão de arquivar não se baseia em evidências, mas nas implicações políticas do caso.

A procuradora interina, Danielle Sassoon, agora deve implementar a decisão de arquivar as acusações, que ainda precisam da aprovação do juiz Dale Ho. Recentemente, Sassoon havia defendido o caso contra Adams, alegando que as tentativas de sua defesa de caracterizar a acusação como política eram uma distração. Enquanto isso, a promotoria de Manhattan apresentou acusações de suborno contra a ex-assessora de Adams, Ingrid Lewis-Martin, e seu filho, que se declararam inocentes.