Política

Bolsonaro defende redução da inelegibilidade e critica Lei da Ficha Limpa em nova proposta

Jair Bolsonaro criticou a Lei da Ficha Limpa, alegando perseguição à direita. Proposta de Bibo Nunes visa reduzir inelegibilidade de oito para dois anos. Ministros do STF consideram mínimas as chances de avanço da proposta no Congresso. Lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010, foi fruto de mobilização popular contra corrupção. Mudanças na lei podem ser vistas como desvio de finalidade, segundo juristas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, no aeroporto de Brasília (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo/18-01-2025)

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, tem feito críticas à Lei da Ficha Limpa, embora já tenha demonstrado apoio à legislação em outras ocasiões. A lei, sancionada em 2010 após um movimento popular, visa barrar a candidatura de políticos com condenações. Em 2019, Bolsonaro vetou um dispositivo que facilitaria a diplomação de políticos, o que gerou controvérsias entre seus apoiadores. Em um decreto, ele reafirmou a importância da idoneidade moral para ocupação de cargos públicos, utilizando os princípios da Lei da Ficha Limpa.

Recentemente, Bolsonaro afirmou que a Lei da Ficha Limpa serve para "perseguir a direita" e questionou o período de inelegibilidade de oito anos, sugerindo que deveria ser reduzido para dois anos. Ele argumentou que essa mudança permitiria sua candidatura em 2026. O projeto de lei, apresentado pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS), está em tramitação na Câmara dos Deputados e busca alterar o prazo de inelegibilidade, o que poderia beneficiar Bolsonaro em alguns casos.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideram baixas as chances de aprovação da proposta, citando a falta de clima político e a possível desaprovação pública. A proposta precisa de maioria absoluta e votação nominal para ser aprovada. Os magistrados alertam que a redução do prazo de inelegibilidade poderia enfraquecer a eficácia da lei, que visa punir políticos condenados em segunda instância.

Além da condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro enfrenta indiciamentos pela Polícia Federal em investigações relacionadas a fraudes e organização criminosa. Caso seja condenado, ele pode permanecer inelegível até 2061, dependendo da gravidade das penas. A proposta de Bibo Nunes, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), busca alterar a Lei da Ficha Limpa, estabelecendo novas regras para a inelegibilidade de políticos.

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