13 de fev 2025
Foragido com rifle semiautomático é 'símbolo' da anistia bolsonarista
Ezequiel Ferreira Luis, caminhoneiro de 43 anos, é foragido após romper tornozeleira. Ele foi condenado a 14 anos por tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023. Parlamentares bolsonaristas usam sua situação para promover anistia a presos. Ezequiel possui armas registradas e é considerado perigoso pela Justiça. Defesa alega inocência, mas ele foi encontrado no Palácio do Planalto durante invasão.
O Palácio do Planalto depredado após atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: Lucas Borges Teixeira/UOL)
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Ezequiel Ferreira Luis, pai de família e foragido da Justiça, rompeu a tornozeleira eletrônica que usava e é considerado um dos símbolos do projeto de anistia aos presos do 8 de Janeiro. Ele, que possui um rifle e uma pistola registrados, estava em liberdade provisória após ser condenado pelo STF a 14 anos de prisão por crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. A ordem de prisão permanece em aberto e ele não foi mais encontrado desde que quebrou a tornozeleira.
Os parlamentares bolsonaristas têm utilizado a estratégia de humanizar os presos, expondo suas famílias para gerar empatia na sociedade. Recentemente, uma mulher com seis filhos foi levada à Câmara dos Deputados para uma coletiva, onde expressou suas dificuldades, enquanto Jair Bolsonaro divulgou um vídeo dela com as crianças. Essa abordagem visa convencer a população de que as penas são injustas.
A defesa de Ezequiel, representada pela advogada Adrielle Lima, alega sua inocência, afirmando que não há provas suficientes contra ele. Segundo a defesa, Ezequiel teria ido a Brasília apenas para devolver um carro alugado e acabou se envolvendo na manifestação sem intenção de participar ativamente da invasão ao Palácio do Planalto. No entanto, a versão da Polícia Militar contradiz essa narrativa, afirmando que ele foi preso dentro do Palácio durante os atos de vandalismo.
A situação de Ezequiel Ferreira Luis e a mobilização em torno de sua anistia refletem a polarização política no Brasil. A estratégia de usar as famílias dos presos como parte da narrativa busca sensibilizar a opinião pública, enquanto as autoridades continuam a investigar os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro. A defesa de Ezequiel não foi contatada para comentar sobre as alegações feitas pela Polícia Militar.
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