Política

Bolsonarista Débora dos Santos é libertada após dois anos de prisão preventiva por atos golpistas

Débora Rodrigues dos Santos, bolsonarista, foi presa após invasão em Brasília. Após dois anos, ela foi liberada com restrições e monitoramento eletrônico. A narrativa bolsonarista a transforma em mártir, buscando amnistia. O juiz Alexandre de Moraes a vê como parte de uma conspiração golpista. O caso reflete tensões políticas e a polarização no Brasil pós eleitoral.

A estátua 'A Justiça', com a frase "Perdiste, idiota" que foi pintada com lápis labial por Débora dos Santos durante o assalto a Brasília, em janeiro de 2023, fotografada logo após. (Foto: Andre Borges (EPA) EFE)

A estátua 'A Justiça', com a frase "Perdiste, idiota" que foi pintada com lápis labial por Débora dos Santos durante o assalto a Brasília, em janeiro de 2023, fotografada logo após. (Foto: Andre Borges (EPA) EFE)

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Débora Rodrigues dos Santos, uma bolsonarista de 39 anos, foi liberada após dois anos em prisão preventiva, onde aguardava julgamento por sua participação na invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília, em janeiro de 2023. Acusada de crimes como golpe de Estado e danos ao patrimônio, ela enfrenta uma possível pena de 14 anos. A narrativa bolsonarista a transformou em mártir, com o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizando sua imagem para promover uma campanha por amnistia.

Durante a invasão, Débora foi vista escrevendo a frase "Perdeu, mané" em uma estátua, um ato que se tornou emblemático. O juiz Alexandre de Moraes, que a considera parte de uma conspiração golpista, impôs restrições à sua liberdade, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de redes sociais. A decisão de soltá-la gerou repercussão, com outros onze presos recebendo tratamento similar em um curto espaço de tempo.

O caso de Débora é utilizado pelos bolsonaristas para argumentar sobre a suposta desproporção das penas e a perseguição política que enfrentam. O juiz Moraes, por sua vez, enfatiza que a ação dela não foi um ato isolado, mas parte de um movimento organizado que buscava a intervenção militar. A situação se complica ainda mais com o arquivamento de investigações contra Bolsonaro, o que alimenta a narrativa de impunidade entre seus apoiadores.

Com a liberação de Débora, o discurso victimista ganha força, atraindo a atenção de setores da sociedade que não necessariamente apoiam o extremismo. O Supremo Tribunal Federal, que tem se mostrado atento ao clima político, enfrenta agora um dilema sobre como lidar com os casos relacionados ao ataque de janeiro, enquanto os julgamentos de Bolsonaro e outros envolvidos na conspiração se aproximam.

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