Política

Polícia Federal desarticula esquema de tráfico que fraudava o programa Farmácia Popular

A Operação Arthron da Polícia Federal visa desarticular fraude de R$ 39 milhões. Investigação começou em 2022 após prisão de traficantes em Luziânia, Goiás. Grupo usava empresas farmacêuticas para lavar dinheiro e financiar tráfico. Drogas vinham da Bolívia, Colômbia e Peru, com vínculos a facções criminosas. Ação abrange seis mandados de prisão e 106 ordens judiciais em vários estados.

Farmácia Popular em estabelecimento do Rio de Janeiro (Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo/10-01-2022)

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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 13 de junho de 2024, a Operação Arthron, visando desmantelar um grupo criminoso envolvido no tráfico de drogas e na fraude ao Programa Farmácia Popular. A investigação, iniciada em 2022, foi motivada pela prisão de dois indivíduos transportando cocaína para Luziânia, Goiás. A droga seria destinada a um traficante local que, curiosamente, havia sido candidato a vereador nas eleições de 2024.

Os envolvidos na operação recebiam substâncias ilícitas principalmente da Bolívia, Colômbia e Peru, revendendo-as a traficantes do entorno do Distrito Federal, com possíveis ligações a facções criminosas. A PF identificou uma rede de empresas farmacêuticas criadas para lavagem de dinheiro, totalizando 28 empresas que fraudavam o programa, obtendo recursos indevidos. O bloqueio de mais de R$ 39 milhões foi determinado para os investigados.

Estão sendo cumpridos 106 mandados judiciais, incluindo seis prisões e 26 buscas e apreensões, além de medidas restritivas e sequestro de bens. Os fraudadores adquiriram empresas inativas do programa e realizaram alterações societárias, facilitadas por um "despachante" que atuava junto aos órgãos públicos. Após as mudanças, o volume de medicamentos comercializados aumentou significativamente, com pagamentos que dificultavam a identificação dos beneficiários reais.

A PF revelou que as fraudes incluíam vendas simuladas de medicamentos que nunca foram entregues aos consumidores. As empresas utilizadas pelo grupo, na maioria, eram fictícias e localizadas em estados diferentes dos sócios declarados. Durante o funcionamento legítimo, os repasses mensais do programa não ultrapassavam R$ 5 mil, mas após o início das fraudes, cada farmácia passou a receber entre R$ 60 mil e R$ 90 mil mensalmente.

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