13 de fev 2025
Relatório revela que 2024 foi o ano mais letal para jornalistas em três décadas
Em 2024, 124 jornalistas foram mortos, o maior número em 30 anos, segundo o CPJ. A maioria das fatalidades ocorreu em Gaza, com 82 jornalistas palestinos mortos. O exército israelense é responsabilizado por muitas mortes, negando alvos intencionais. O relatório destaca um aumento em assassinatos direcionados, com 24 jornalistas mortos. Freelancers enfrentam riscos extremos, representando um terço das mortes de jornalistas.
Foto: Reprodução
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O ano de 2024 foi o mais letal para jornalistas em mais de três décadas, com pelo menos 124 profissionais mortos, conforme relatório do Comitê para Proteger Jornalistas (CPJ) divulgado na quarta-feira. A maioria das mortes ocorreu no Oriente Médio, com 70% dos casos atribuídos às ações do exército israelense em Gaza e no Líbano, incluindo 82 jornalistas palestinos mortos em Gaza. As Forças de Defesa de Israel (IDF) negaram ter como alvo trabalhadores da mídia, afirmando que tomam medidas para proteger civis.
O relatório destaca que o número de mortes superou o recorde anterior de 113 jornalistas mortos em 2007, durante a guerra liderada pelos EUA no Iraque. Jodie Ginsberg, CEO do CPJ, afirmou que a guerra em Gaza representa uma deterioração significativa nas normas globais de proteção a jornalistas em zonas de conflito, embora não seja o único local de perigo. O CPJ criticou Israel por sua falta de transparência nas investigações sobre as mortes de jornalistas, alegando que o país transfere a responsabilidade para as vítimas.
Além de Gaza e Líbano, Sudão e Paquistão foram identificados como os locais mais perigosos para jornalistas, com seis mortes registradas em cada um. O CPJ observou que o número de conflitos aumentou nos últimos cinco anos, refletindo nas altas taxas de mortalidade entre jornalistas em países como Sudão e Myanmar. O relatório também apontou um aumento alarmante nas mortes deliberadas de jornalistas, com 24 casos registrados no último ano.
O CPJ enfatizou as falhas contínuas na proteção de jornalistas, especialmente freelancers, que enfrentam riscos extremos. O assassinato de Alejandro Martínez Noguez, um jornalista veterano no México, exemplifica as deficiências nos mecanismos de proteção. O relatório conclui que 43 freelancers foram mortos em 2024, representando mais de um terço das mortes de trabalhadores da mídia, e pede que governos e organizações internacionais garantam responsabilidade e apoio a esses profissionais.
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