Política

Búfalos invadem reserva em Rondônia e Ministério Público pede controle urgente

O MPF ajuizou ação civil pública para controlar búfalos na Reserva Guaporé. População de búfalos exóticos chega a cinco mil, ocupando 12% da reserva. Proliferação pode causar desertificação e riscos econômicos para a região. Estado de Rondônia deve apresentar plano de controle em até dez meses. Indenização de R$ 20 milhões será destinada a reflorestamento em Rondônia.

A população de aproximadamente 5 mil búfalos vive livremente na região preservada (Foto: ICMBio/Divulgação)

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O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública solicitando que a Justiça Federal determine ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e ao estado de Rondônia a implementação de medidas para controlar a população de búfalos exóticos na região oeste do estado. Atualmente, estima-se que existam cerca de 5 mil búfalos, que ocupam 12% da Reserva Biológica Guaporé. O MPF alerta que o crescimento desordenado da espécie já provoca danos ambientais e pode acarretar riscos econômicos e sanitários, como a desertificação da área e alterações nos cursos hídricos.

Os búfalos foram introduzidos na região em 1953 e, após o abandono da Fazenda Pau D’óleo, se reproduziram sem controle em um habitat favorável. O MPF estima que, se não forem tomadas medidas, a população pode atingir 50 mil búfalos até 2030, ocupando mais da metade da reserva. O procurador da República Gabriel Amorim enfatiza que a proliferação descontrolada pode comprometer a credibilidade da cadeia pecuária de Rondônia, impactando a economia local.

Na ação, o MPF propõe a criação de um plano de controle que minimize o sofrimento dos animais e os danos ao meio ambiente. A presença dos búfalos tem compactado o solo, favorecendo a desertificação e alterando cursos hídricos. Nos últimos 34 anos, os ambientes alagados da reserva foram reduzidos em 48% devido ao pisoteamento. Além disso, os búfalos competem por recursos com o cervo do pantanal, uma espécie ameaçada de extinção.

O MPF requer que o ICMBio apresente, em até dez meses, um plano de controle e erradicação dos búfalos, cuja execução ficará a cargo do estado de Rondônia. Este deverá disponibilizar recursos financeiros e equipamentos, sob a coordenação do ICMBio, e pagar uma indenização de R$ 20 milhões por danos morais coletivos, que será destinada a ações de reflorestamento nas unidades de conservação em Rondônia. A situação é conhecida desde 2008, quando foram realizadas visitas à área após denúncias de intervenções em sítios arqueológicos, onde foram encontrados vestígios de búfalos selvagens, que podem causar danos significativos.

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