Política

Investigação revela desistência de grupo militar em plano de assassinato de Moraes

A Polícia Federal investiga Jair Bolsonaro e 36 indivíduos por tentativa de golpe. Militares das Forças Especiais desistiram de assassinar Alexandre de Moraes. A cúpula do Exército, liderada por Freire Gomes, não apoiou o golpe. O plano de execução foi abortado em 15 de dezembro, após monitoramento de Moraes. Denúncia da Procuradoria Geral da República pode tornar Bolsonaro réu no STF.

"Kids pretos é o nome dado aos militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, treinados para atuar em missões sigilosas e em ambientes hostis e politicamente sensíveis. (Foto: Divulgação)"

"Kids pretos é o nome dado aos militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, treinados para atuar em missões sigilosas e em ambientes hostis e politicamente sensíveis. (Foto: Divulgação)"

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A investigação da Polícia Federal (PF) revelou que equipes de militares das Forças Especiais do Exército, conhecidas como "kids pretos", desistiram de assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a cúpula do Exército não apoiar o plano golpista. O relatório da PF, analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 indivíduos, em sua maioria militares, como acusados de tentativa de golpe de Estado e organização criminosa pelos eventos de 8 de janeiro de 2023.

O documento destaca que, apesar das pressões, o general Freire Gomes e a maioria do alto comando do Exército mantiveram sua posição institucional, não aderindo ao golpe. Isso resultou na falta de confiança do grupo criminoso para prosseguir com o plano, levando Bolsonaro a não assinar um decreto que estava pronto. A negativa de adesão ocorreu em 15 de dezembro, quando um grupo de seis pessoas monitorava Moraes em Brasília, com a intenção de executar o plano.

Na mesma data, Freire Gomes se reuniu com Bolsonaro no Palácio do Planalto. Um áudio enviado por Mário Fernandes, então número dois da Secretaria-Geral, mostrava otimismo sobre a adesão das Forças Armadas, mas Freire Gomes frustrou as expectativas do grupo golpista. A PF registrou os movimentos do grupo, que utilizou carros de aplicativos e celulares descartáveis para evitar rastreamento, além de codinomes de países para preservar suas identidades.

A denúncia formal contra Bolsonaro e seus aliados será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, que dará um prazo de 15 dias para as partes se manifestarem. A Primeira Turma do STF decidirá se a denúncia da PGR será aceita ou rejeitada. Se aceita, Bolsonaro se tornará réu e a fase de instrução do processo se iniciará, onde provas serão coletadas e as partes ouvidas, antes do julgamento final.

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