25 de mar 2025
Moraes classifica Bolsonaro como líder de ‘organização criminosa’ em julgamento no STF
Ministro do STF inicia julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe; procurador detalha organização criminosa e atos de insurreição.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, faz a leitura do relatório que aponta a existência de uma organização criminosa liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Gustavo Moreno/STF)
Ouvir a notícia:
Moraes classifica Bolsonaro como líder de ‘organização criminosa’ em julgamento no STF
Ouvir a notícia
Moraes classifica Bolsonaro como líder de ‘organização criminosa’ em julgamento no STF - Moraes classifica Bolsonaro como líder de ‘organização criminosa’ em julgamento no STF
O julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado começou sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 25. Moraes descreveu os acusados como parte de uma “organização criminosa” que buscou depor o governo legitimamente eleito, destacando que a resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica impediu que o plano se concretizasse.
Durante o julgamento, foram mencionados os crimes pelos quais Bolsonaro e seu grupo são acusados, incluindo golpe de Estado, organização criminosa armada e dano qualificado. O ex-presidente compareceu à sessão, onde se referiu à denúncia como uma “aberração”. A presença de deputados bolsonaristas, como Zé Trovão e Evair Vieira de Melo, também foi notada, evidenciando o apoio político ao ex-presidente.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalhou a liderança de Bolsonaro na organização criminosa, afirmando que ele e o general Braga Netto eram os principais responsáveis pelos atos que visavam manter ou retornar ao poder. Gonet traçou uma linha do tempo que começou em julho de 2021, com declarações falsas sobre as urnas eletrônicas, e culminou nos eventos de depredação em 8 de janeiro de 2023.
Gonet argumentou que a defesa de Bolsonaro, que alegou legalidade em reuniões com as Forças Armadas, não se sustenta, pois tais encontros visavam a adesão a um plano de insurreição. Ele ressaltou que a situação se agrava quando um dos comandantes das Forças Armadas atendeu ao chamado do ex-presidente, evidenciando a gravidade das ações em questão.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.