19 de fev 2025
Bolsonaro será julgado em clima de tensão, afirma líder da oposição sobre investigação golpista
A Procuradoria Geral da República denunciou Jair Bolsonaro e 32 pessoas por trama golpista. O julgamento ocorrerá na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), presidida por Alexandre de Moraes. Rogério Marinho criticou o processo, alegando falta de justiça e imparcialidade. A expectativa é de aceitação unânime da denúncia, com apoio de ministros próximos a Lula. A defesa de Bolsonaro tenta afastar Moraes, mas isso pode fortalecer sua posição no STF.
Rogério Marinho, então ministro do Desenvolvimento Regional, abraça Jair Bolsonaro em cerimônia no Planalto em 2020 (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele será tratado "como em uma câmara de gás". Marinho argumenta que Bolsonaro não está recebendo o direito a duas instâncias recursais e que o julgamento está sendo conduzido por um juiz que é seu adversário, o que, segundo ele, demonstra que "o jogo já está jogado".
Nesta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro, o ex-ministro Walter Braga Netto e mais 32 pessoas por suposta participação em uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder e impedir a posse de Lula após as eleições de 2022. O ex-presidente será julgado pela Primeira Turma do STF, que inclui o relator Alexandre de Moraes, além de outros ministros. A expectativa é que a turma aceite a denúncia por unanimidade, dado o histórico de decisões unânimes em casos semelhantes.
Marinho também contestou a caracterização dos eventos de 8 de janeiro de 2023 como uma tentativa de golpe de Estado, afirmando que se trata de uma narrativa sem substância e que o que ocorreu foi apenas uma "baderna". O STF já rejeitou dois pedidos de impedimento de Moraes feitos por Bolsonaro, sendo um deles decidido por 9 votos a 1. A defesa de Bolsonaro argumentou que Moraes, sendo um dos alvos da suposta trama, comprometeria sua imparcialidade.
A estratégia de Bolsonaro de tentar afastar Moraes do caso gerou críticas entre outros indiciados e membros do PL, que acreditam que essa abordagem não apenas é improdutiva, mas também fortalece Moraes diante de seus colegas no STF. A defesa de Bolsonaro sustentou que as informações apuradas na investigação indicam que Moraes seria um dos principais alvos do plano, o que, segundo eles, comprometeria sua imparcialidade no julgamento.
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