Política

Cid revela em áudio que plano golpista tinha 'cara infiltrado em tudo quanto é lugar'

O tenente coronel Mauro Cid revelou planos de golpe de Estado de Bolsonaro. Áudios da PF mostram busca por fraudes nas urnas sem resultados concretos. Cid afirmou que Bolsonaro alterou decreto para focar em Alexandre de Moraes. Relatório das Forças Armadas não encontrou evidências de fraude nas urnas. Defesa de Bolsonaro classifica denúncias como "precárias" e "incoerentes".

18.jun.2019 - Mauro Cid, então ajudante de ordens, conversa com Bolsonaro após uma reunião no Palácio do Planalto (Foto: Adriano Machado/Reuters)

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, revelou em áudios obtidos pela Polícia Federal que havia um plano para um golpe de Estado, mencionando que havia "cara infiltrado em tudo quanto é lugar". Cid afirmou que tentativas de encontrar fraudes nas urnas eletrônicas não resultaram em evidências que justificassem uma investigação. Ele relatou que especialistas passavam informações sigilosas, mas não apresentaram provas concretas.

Em depoimento, Cid reiterou que, apesar das buscas, "não foi encontrada fraude nas urnas". Ele também mencionou que Bolsonaro não aceitou o resultado das eleições e instruiu o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, a alterar o relatório que deveria ser enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relatório das Forças Armadas, enviado em novembro de 2022, indicou que "não é possível afirmar" que as urnas não poderiam ser fraudadas, embora a urna eletrônica seja auditável e utilizada no Brasil desde 1996 sem comprovação de fraudes.

Em outra gravação, Cid afirmou que Bolsonaro editou um decreto para um golpe de Estado, ciente das consequências de suas ações. O ex-ajudante revelou que a versão inicial do decreto previa a prisão de ministros do STF, mas Bolsonaro pediu alterações, limitando as ações a "prender Alexandre de Moraes e fazer outra eleição". A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera isso uma evidência da participação direta de Bolsonaro no plano golpista.

A defesa de Bolsonaro refutou as acusações, classificando a denúncia como "precária" e "incoerente". As declarações de Cid, que corroboram sua delação, levantam questões sobre a legitimidade das ações do ex-presidente e a integridade do processo eleitoral no Brasil.

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