24 de fev 2025
Podemos confirma que Monedero permaneceu no chat após denúncias de violência sexual
O partido Podemos admitiu que Juan Carlos Monedero participou de chats internos após denúncias de violência sexual. Monedero foi afastado após a divulgação de conversas, mas não houve investigação interna. A direção do Podemos priorizou a confidencialidade das vítimas, evitando pressão sobre elas. A saída de Monedero do grupo foi relacionada a "filtrações" de conversas, sem data definida. A vice presidente Yolanda Díaz reconheceu que o caso "faz muito dano" e pediu investigação.
"La ministra de Igualdade, Irene Montero, e o cofundador do Podemos, Juan Carlos Monedero, em um ato do partido em novembro de 2022. (Foto: A. Pérez Meca / Europa Press)"
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O partido Podemos admitiu que Juan Carlos Monedero continuou participando do chat do Conselho Ciudadão Estatal (CCE) após a revelação de denúncias de violência sexual contra ele, em setembro de 2023. Apesar de não ser membro votante do CCE, Monedero atuava como convidado nas reuniões. O secretário de Organização do partido, Pablo Fernández, justificou a permanência dele no chat afirmando que não havia uma resolução que suspendesse sua militância.
Fernández afirmou que Monedero foi afastado das atividades do partido assim que as denúncias vieram à tona, mas não esclareceu a data exata de sua saída do chat, que ocorreu após vazamentos de conversas. Ele defendeu que a decisão de não realizar uma investigação interna foi para respeitar a confidencialidade das vítimas, que optaram por não prosseguir com o processo. A Comissão de Garantias, responsável por suspensões, não foi acionada devido à falta de resposta das vítimas.
O escândalo ganhou destaque quando o Podemos reconheceu publicamente as denúncias. A atuação do partido foi questionada, especialmente por Monedero ter continuado a apresentar seu programa na Canal Red até janeiro de 2024. Fernández defendeu que a postura do Podemos representa um avanço do feminismo, afirmando que o partido está ao lado das vítimas.
A vice-presidente Yolanda Díaz comentou que o caso "faz muito dano" e ressaltou que a violência machista transcende partidos. O porta-voz da formação Sumar, Ernest Urtasun, expressou solidariedade às vítimas, enfatizando que o foco deve ser o apoio a elas, sem politicagem. Apesar das tensões entre Podemos e Sumar, o ministro reafirmou a importância da unidade entre as forças progressistas nas próximas eleições.
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