25 de fev 2025
Gilmar Mendes defende que ministros não devem ser impedidos de julgar Bolsonaro
O ex presidente Jair Bolsonaro enfrenta denúncia por suposta trama golpista. Gilmar Mendes rejeitou pedidos de afastamento dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino. Mendes destacou a gravidade das acusações, comparando as a casos históricos da Corte. A defesa de Bolsonaro argumenta que Zanin e Dino têm conflitos de interesse. O inquérito apresenta evidências sólidas, incluindo gravações e documentos.
O ministro do STF, Gilmar Mendes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira, 25, que não há justificativa para o impedimento de ministros na análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relacionada a uma suposta trama golpista. A defesa de Bolsonaro havia solicitado o afastamento dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino do julgamento, que ocorrerá na Primeira Turma da Corte, embora a data ainda não tenha sido definida.
Mendes destacou que os pedidos de suspeição não devem ser utilizados como estratégia para afastar relatores dos processos. Ele afirmou: “Não vejo que isso vai funcionar. Não parece que haja razão para a suspeição ou impedimento.” O ministro também comentou sobre a atuação de Alexandre de Moraes, que advertiu um ex-ajudante de ordens de Bolsonaro após tentativas de blindagem do ex-presidente, ressaltando que a situação não é comparável ao conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e a força-tarefa da Operação Lava Jato.
O decano do STF considerou que as acusações no inquérito da trama golpista são mais sérias do que outras já analisadas pela Corte, como o processo do mensalão, por envolver tentativas de golpe de Estado. Mendes afirmou que o relatório da Polícia Federal é robusto, com documentação substancial e evidências que tornam a denúncia coerente.
As ações de impedimento contra Zanin e Dino foram fundamentadas em suas atuações anteriores, sendo que Dino havia apresentado uma queixa-crime contra Bolsonaro enquanto era ministro da Justiça e Segurança Pública, e Zanin, antes de sua nomeação ao STF, foi advogado da campanha de Lula e contestou a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
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