Política

Julgamento de humorista gera polêmica ao comparar piada sobre o Valle de los Caídos com violência contra LGBTIQ+

O humorista Héctor de Miguel foi processado por um chiste em seu programa. O juiz Carlos Valle comparou a piada a outra sobre a praça de Pedro Zerolo. Héctor defendeu que o contexto é essencial para entender a comédia. A denúncia foi feita pelo grupo ultracatólico Abogados Cristianos. Carlos Valle já admitiu outras denúncias controversas em seu histórico judicial.

Foto: Reprodução

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O humorista e apresentador Héctor de Miguel foi processado pelo Juzgado de Instrucción número 38 de Madrid devido a um chiste feito em seu programa 'Hora Veintipico', transmitido pela Cadena SER em junho de 2024. A decisão do juiz Carlos Valle foi motivada por uma denúncia do grupo ultracatólico Abogados Cristianos, que considerou a piada ofensiva. Durante o episódio, de Miguel sugeriu "encher de dinamite a cruz do Vale dos Caídos" e explodi-la, uma referência que gerou controvérsia.

Na audiência, o juiz comparou a piada de de Miguel a uma hipotética afirmação sobre "voar a praça de Pedro Zerolo", um símbolo do orgulho LGBTQIA+ em Madrid. Valle questionou o humorista sobre como ele reagiria se a piada fosse direcionada a "todos os homossexuais que abusaram de crianças". De Miguel defendeu que o contexto é essencial em comédia, afirmando que "se alguém se toma isso ao pé da letra, não está entendendo a comédia".

O juiz insistiu na importância da interpretação da piada, enquanto de Miguel reiterou que se tratava de uma hipérbole, uma técnica comum no humor. Ele argumentou que a comparação entre a cruz do Vale dos Caídos e a praça de Pedro Zerolo não é válida, pois cada um possui significados distintos. O magistrado, conhecido por aceitar denúncias de Abogados Cristianos, já havia convocado outras figuras públicas, como Pablo Echenique, por declarações controversas.

Carlos Valle, além de processar de Miguel, também teve um histórico de decisões polêmicas, incluindo o arquivamento de casos envolvendo figuras políticas e a convocação de mulheres em situações delicadas, como a de uma gestante questionada sobre um aborto. A situação levanta questões sobre a liberdade de expressão e os limites do humor na sociedade contemporânea.

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