Política

Inteligência e estratégia são essenciais no combate ao crime organizado no Brasil

O Brasil enfrenta um aumento das organizações criminosas, impactando a economia. Propostas de endurecimento das leis incluem aumento de penas e restrições em presídios. A gestão de Nayib Bukele em El Salvador é vista como modelo controverso, mas ineficaz. A integração de agências e inteligência policial é essencial para combater facções. A asfixia econômica das organizações é mais eficaz que prisões em massa.

Penitenciária do El Salvador de Bukele, adepto da linha-dura: modelo inaplicável em um país como o Brasil (Foto: El Salvador's Presidency Press Office/AFP)

Penitenciária do El Salvador de Bukele, adepto da linha-dura: modelo inaplicável em um país como o Brasil (Foto: El Salvador's Presidency Press Office/AFP)

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A segurança pública no Brasil enfrenta desafios significativos, com organizações criminosas expandindo suas atividades além do tráfico de drogas e extorsão, impactando a economia em bilhões de reais. A discussão sobre como combater esse problema se intensifica, com propostas que incluem o aumento das penas e a implementação de políticas de repressão. Diversos projetos de lei estão em tramitação no Congresso Nacional, visando endurecer as punições e restringir direitos de presos, como o governador do Rio de Janeiro tem defendido.

Especialistas têm analisado a gestão de Nayib Bukele em El Salvador, que resultou na prisão de mais de 80 mil pessoas em um curto período. Essa abordagem autoritária, que inclui a supressão de direitos como o habeas corpus, levanta questões sobre sua viabilidade no Brasil, onde a população é trinta vezes maior. A proposta de prender uma porcentagem significativa da população brasileira, como feito em El Salvador, é considerada inviável e pode fortalecer as facções criminosas já existentes.

O combate ao crime organizado requer uma estratégia mais inteligente, que envolva a identificação das facções, suas lideranças e o fluxo financeiro. O Brasil possui mais de 5 mil órgãos de segurança pública que operam de forma isolada, dificultando a troca de informações e a eficácia das ações. Para enfrentar as facções, é essencial integrar as inteligências policiais e fortalecer o Coaf, que deve ter recursos adequados para monitorar e compartilhar dados sobre atividades suspeitas.

Além disso, a gestão do sistema prisional precisa ser reformulada. A simples prisão de indivíduos sem uma política criminal eficaz pode aumentar o número de membros das facções. É necessário implementar um plano nacional que una políticas de educação e trabalho, além de medidas rigorosas dentro das prisões para limitar a influência do crime organizado. A utilização de tecnologia, como câmeras de segurança e inteligência artificial, pode otimizar a atuação policial e melhorar a segurança nas cidades, sendo a inteligência a principal arma contra o crime organizado.

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